Umidade em local do túmulo pode prejudicar trabalho
Estudo do corpo acontecerá 37 anos depois da morte do ex-presidente João Goulart
A umidade do solo do Cemitério Jardim da Paz, onde o ex-presidente João Goulart está enterrado, poderá ser um obstáculo aos trabalhos desta quarta. Na exumação dos restos mortais de Getúlio Vargas, que lá repousavam até serem transferidos para um mausoléu, numa praça em São Borja, havia muita água acumulada no túmulo. Quando Leonel Brizola foi sepultado, no jazigo dos Goulart, em 2004, aproveitou-se para cimentar uma laje de impermeabilização no local.
Nesta quinta, 14, aberto o jazigo, uma microcâmera será introduzida na gaveta destinada a Jango para colher amostras do ar interno e verificar as condições do caixão, antes que ele possa ser retirado. Há risco, inclusive, de esfacelamento da madeira. Se estiver em bom estado, o caixão será colocado em urna maior que, lacrada, seguirá para a cidade gaúcha de Santa Maria e, de lá, para Brasília, em avião militar.
A previsão é que o corpo de Jango chegue ao DF por volta das 10 horas de quinta. A sua volta a Brasília, 37 anos depois de sua morte e quase 50 anos depois de deposto pelo golpe militar de 1964, deve se converter num evento histórico: a presença da presidente Dilma Rousseff, ao lado de representantes das Forças Armadas, está confirmada. Há expectativa de que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula também compareçam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.