"Não há outra punição a não ser expulsão de Oscar"
Declaração é do ex-vereador Dilson Peixoto (PT) que entrou com requerimento pedindo uma punição ao presidente do PT do Recife
O ex-vereador Dilson Peixoto (PT), responsável pelo requerimento que pode expulsar o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, do partido, confessou que desde a época das eleições municipais de 2012 defendia a saída do líder petista, mas na época recebeu vários apelos e preferiu não fazer a denúncia. Diante dos novos fatos – como as acusações envolvendo o senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal João Paulo (PT) – o ex-parlamentar disse que não teve alternativa e entrou com o pedido solicitando uma punição ao presidente municipal. A reunião da direção regional ocorre nesta terça-feira (5).
“Não há como curar ferida. Toda semana ele vai aos órgãos de imprensa fazendo acusações infundadas (...) Eu não posso mais conviver sobre isso, preparei sozinho o requerimento, não pedi opinião de ninguém, apenas pedi opinião de advogados. Espero que o PT tome as providências que venham a ser tomadas (...) Analisando com seriedade não há outra punição a não ser expulsão”, afirmou o ex-vereador, em entrevista ao Portal LeiaJá.
“É muito difícil apresentar um requerimento e não caber uma punição. O Código de Ética (do PT) não permite isso. Outra coisa é algo que se repete a mais de um ano. Quem acompanha a política de Pernambuco não entende quem ataca tanto o PT e nada acontece”, completou.
Segundo o ex-parlamentar, duas agressões ao Código de Ética do partido são fundamentais para a expulsão de Oscar. “Ele como presidente estimulou a indisciplina dentro do partido, pedindo para as pessoas não votarem em Humberto Costa (nas eleições municipais de 2012). Ele ainda afirmou que Humberto teria indicado 600 pessoas ao Governo do Estado e ainda disse que Humberto e João Paulo encaminharam uma carta para o presidente nacional do PT (Rui Falcão) pedindo que não houvesse o PED (Processo das Eleições Diretas) em Pernambuco, alegando que houve uma intervenção do governador. Mas essa carta ainda não apareceu”, explicou o petista.
Mesmo com a provável expulsão do partido, Oscar Barreto ainda pode concorrer às eleições do partido no próximo domingo (10). “Ele não vai ser expulso hoje, tem que dar direito de defesa. O ritual é dar um prazo, pelo estatuto ele tem 10 dias para se defender. Depois desse prazo, e se o diretório (nacional) não acatar o recurso ele sairá do partido, vencendo ou não as eleições”, relatou Dilson Peixoto.