Fim da reeleição é aceita por deputados pernambucanos
A proposta terá que ser aprovada no Congresso Nacional
Possivelmente, a proposta de acabar com a reeleição aprovada nessa quinta-feira (5), pelo grupo de trabalho de reforma da Câmara dos Deputados só se tornará realidade em 2018. Até lá, a matéria deverá ser aprovada no Congresso Nacional e já tem, inclusive, apoio de parlamentares pernambucanos. Outro assunto também discutido pela equipe da Casa Federal é a unificação das eleições. O tema divide opiniões de políticos e é aceita de forma híbrida por alguns.
Para a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a reeleição deve ser encerrada e o mandato passará a ter cinco anos. “Eu acho que deveria ser de fato, prorrogada. Eu concordo que deveria alargar o mandato para cinco anos e extinguir a reeleição, porque há a alternância e isso é muito salutar para a democracia”, expôs.
Sobre a unificação das eleições, a parlamentar também demonstrou ser favorável e defendeu a redução de gastos. “Eu acho bom porque os custos da eleição são muito altos. Isso reduz custos e favorece o trabalho, favorece a ação, porque as eleições acabam fazendo com que aqueles que tenham responsabilidade no executivo ou parlamento, ao invés de se dedicar à ação concreta, essas coisas ficam sempre impermeadas por disputas políticas e muitas vezes repercutem no trabalho dos gestores”, argumentou.
Outro parlamentar adepto à proposta, deputado Sílvio Costa (PTB), afirmou que o processo é relevante para inovar a política. “Eu sou totalmente favorável. A história das reeleições no Brasil tem mostrado a inibição do processo de renovação política. A pessoa que vai para a reeleição já parte com uma imensa vantagem eleitoral. Sou favorável que se coloque cinco anos”, opinou.
Em relação à unificação dos processos eleitorais, o petebista também disse concordar, porém com ressalva. Para ele, a decisão não deve incluir a escolha de presidente. “Eu concordo que você coloque a eleição de governador, prefeitos, vereadores, deputados e senadores juntos, menos a de presidente. A de presidente tem que ser separada porque se não você municipaliza o debate. O debate das eleições presidenciais é outro tipo de debate, trata de economia, relações internacionais, entre outras coisas”, justificou.
Na visão do deputado federal, Eduardo da Fonte (PP), a determinação do grupo de trabalho de reforma da Câmara provêm do anseio da população e deve ser acatado. "A função do político é ouvir os anseios da sociedade. O político tem a obrigação de defender o povo e buscar melhorias para a sociedade que o escolheu para estar aqui na Câmara. As ruas pedem mudança, o povo quer mudança. E nós temos que atender", pontuou.