CPI do São João é aprovada em Petrolina

Se confirmadas as denúncias os vereadores podem solicitar a cassação do prefeito Julio Lossio (PMDB)

qua, 14/08/2013 - 13:03
Gilson Pereira/Ascom PMP A CPI vai investigar os contratos das últimas duas festas juninas da cidade Gilson Pereira/Ascom PMP

A Câmara de Vereadores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as denúncias de superfaturamento nos contratos dos artistas que animaram os festejos juninos da cidade em 2012 e este ano. 

De acordo com o vereador Ronaldo Cancão (PSL), líder da oposição e responsável pelo requerimento da CPI, existem indícios de irregularidades na contratação das atrações para o São João desde 2011. “Encaminhei em 2011 uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para analisar como foi gasto os 901 mil da festa junina. Desde aquele ano os valores eram superfaturados, com uma grande diferença de contratação se comparados às outras cidades vizinhas”, relatou. 

Para a instalação dessa Comissão, não foi necessário o voto do plenário. O oposicionista já havia conseguido as sete assinaturas necessárias para a aprovação da CPI e durante a sessão na Casa Plínio Amorim outros vereadores consentiram com o requerimento. “Não podemos fechar os olhos, pois é o papel do vereador fiscalizar tudo isso”, destacou Ronaldo. 

Segundo dados fornecidos pelo vereador, atrações como a dupla Jorge e Mateus que custou R$300 mil em uma cidade vizinha, em Petrolina o valor no contrato exposto pela prefeitura apontava o valor de R$ 670 mil. 

O presidente da Casa, Osório Siqueira (PSB), tem até esta quinta-feira (15) para analisar a fundamentação jurídica do pedido e instalar a CPI. Após a instalação os vereadores devem apurar os fatos em até 60 dias e divulgar, ao fim do prazo, um relatório com a confirmação ou não das acusações. O que de acordo com Ronaldo Cancão pode gerar a cassação do prefeito Julio Lossio (PMDB). “Se houver a comprovação dos indícios vamos cassar o mandato dele sim. É preciso capacidade para administrar um município sem corrupções”, enfatizou. 

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