Militâncias aderem ao Dia Nacional de Lutas em PE
Líderes das siglas defendiam a pauta geral e específica partidária
Os militantes dos partidos políticos resolveram marchar junto às centrais sindicais nas ruas do Recife nesta quinta-feira (11), quando se comemora o Dia Nacional de Luta. Centenas de representantes siglas como PT, PCdoB, PSOL, PSTU, PSDB e PMN percorrem as ruas do centro da capital pernambucana para protestar.
Para algumas lideranças partidárias, a aceitação dos militantes na marcha junto com as centrais, só reforma mais ainda a democracia vivida no país. “O direito de se organizar em partidos é uma democracia, eu quero lutar pelos itens deles, mas também pelo nosso projeto partidário para o Brasil”, ressaltou Thiara Milhomen, militante jovem do PCdoB.
Também reforçando a decisão dos sete sindicatos, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, lembrou que o ato teve o objetivo de unir forças. “Se os partidos e não só eles, os políticos também estão aderindo a nossa mobilização é sinal de que temos pessoas para lutar pela nossa pauta junto ao Congresso. Ou ao menos esperamos que sim”, disse.
“Temos participado de todos os atos desde junho e é claro que além de defender a pauta deles também temos a nossa”, frisou José Gomes do PSOL. Dentro da pauta defendida pela sigla estavam: Punição aos corruptos; Auditoria para as dividas públicas; Reforma Agrícola.
Além dos temas já apresentados pelas centrais, outros pontos em ênfase no Brasil puderam ser notados durante a mobilização, um deles a Reforma Política era constantemente defendido pelos manifestantes e filiados aos partidos políticos. “Nós lutamos pela mãe de todas as reformas, a política. É preciso mudar as regras eleitorais para que possamos ter um congresso digno dos nossos votos. Sem o povo na rua eles vão destruir as nossas propostas”, destacou o ex-vereador do Recife, Múcio Magalhães (PT).
O tema, segundo a CUT, não deveria ser abordado pela manifestação. No entanto, era o mais visto entre os cartazes. “A pauta quem faz somos nós trabalhadores e se isso não viesse para a rua não sairia”, relembrou o 2° vice-presidente do PT em Recife, Suetônio Gonçalves.
A mesma bandeira também estava sendo levantada pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco (Sindjud-PE), que em suas faixas repudiavam os partidos e organizações que se colocaram contra a Reforma. “Repudiamos sim, pois eles não querem o melhor para o país, que é a mudança do atual sistema onde se origina a corrupção”, denunciou o membro do Sindjud, Marcelo Brito.
O trajeto também foi realizado por parlamentares estaduais, entre eles, Severino Ramos (PMN) e Daniel Coelho (PSDB). Para o tucano, o mais importante foi perceber a união das centrais. “Eu caminhei com o grupo e eles têm um objetivo. Hoje tem uma pauta a ser entregue ao legislativo e ao governo e com certeza isso vai ajudar as cobranças que já são feitas pela oposição na assembleia”, destacou Coelho, lembrando ainda que é necessário parar de fazer política apenas para beneficiar os políticos.
A manifestação seguiu pacifica durante todo o percurso que fez uma paralisação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para entregar a lista com as reivindicações e uma carta aberta aos líderes do governo o secretário de Articulação Social e Regional, Aloísio Lessa (PSB); da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB); além do líder do Governo na Casa Legislativa, Waldemar Borges (PSB).