Petista diz que nesse momento ‘tudo é possível’
Para o Secretário Nacional a candidatura de Campos definirá caminho da legenda em PE
Foi dada a largada para os preparativos e articulações que estão por vir na ‘guerra’ em 2014. Assim podem ser encaradas as declarações do secretário Nacional do PT, Florisvaldo Raimundo de Souza, que esteve em Recife nessa semana. O militante petista possui 52 anos, é natural de Maringá-SP, formado em História e já participou de Movimento Estudantil e do Sindicato dos Professores do Paraná, onde foi diretor e contribuiu com a construção da Central Única dos Trabalhadores (CUT). No PT, ele filiou-se desde 1983. Durante entrevista cedida ao portal LeiaJá, o representante do diretório nacional falou das articulações, ameaças e da decisão que o partido tomará, se o governador Eduardo Campos (PSB) se candidatar em 2014.
Confira a entrevista abaixo:
LeiaJá – Como está sendo discutido no PT a eleição de 2014?
Florisvaldo - O processo eleitoral de 2014 ele está fluindo em todo o território nacional. A mídia tem discutido muito a questão eleitoral, inclusive, acusando o PT de ter antecipado o processo eleitoral que não tem muito haver. O que existe é um debate intenso da política brasileira.
LeiaJá – Que debate é esse que o Sr. fala?
Florisvaldo - Esse debate está nas ruas e faz parte do processo democrático, das articulações e as coisas estão andando. Mas, o momento é de muito debate interno como estão acontecendo às caravanas aqui que para discutir o partido, discutir as relações do PT, para discutir como é que o PT se relaciona com outras forças políticas e como que o PT vai construir o projeto.
LeiaJá – Qual é o direcionamento dessas conversas?
Florisvaldo - A discussão também é pautada pelo projeto o nacional, o PT é um partido nacional. Está no nosso horizonte à reeleição da presidente Dilma e o partido nacionalmente trabalha e costura as políticas e as alianças com esse objetivo, e isso faz com que todos os estados também intensifiquem as suas mobilizações, as suas reuniões.
LeiaJá – E em PE, como estão as articulações?
Florisvaldo - Com relação a Pernambuco é um Estado que o partido tem muita força, tem muitas lideranças importantes e o partido tem condições de disputar um processo eleitoral da melhor forma com lideranças para qualquer cargo. Entretanto, nós discutimos isso de forma muito responsável junto com a base do governo federal - base aliada, o projeto da presidente Dilma e é, nesses debates, que sem nenhuma pressa, sem nenhum atropelo que as coisas vão acontecer. Mas é muito importante neste momento esse trabalho de aglutinação que essas plenárias propiciam como estão acontecendo em Pernambuco.
LeiaJá – O partido busca novas parcerias?
Florisvaldo - O PT está se articulando, está unindo forças, o conjunto da base aliada da presidente Dilma também. O PT tem lideranças, mas o objetivo central sempre nas nossas eleições, nas nossas disputas nesse momento é a reeleição da presidenta Dilma, é aumentar a nossa bancada no senado que processa uma política importante.
LeiaJá - E como construir essas ‘forças políticas’?
Florisvaldo - Nós estamos debatendo no Estado para aumentar nossa bancada de deputados federais, mesmo porque, para você trabalhar essas reformas políticas que nós queremos encaminhar e que são muito necessárias, nós precisamos ter uma força política maior nas Câmaras de Deputado e no Senado e tudo isso está em debate.
LeiaJá - É possível que o PT lance candidato ao governo em 2014?
Florisvaldo - Nesse momento tudo e possível!
LeiaJá – E em quais nomes vocês arriscariam?
Florisvaldo - Aqui no Estado nós temos senador, nós temos deputado federal, nós temos ex-prefeitos. Então, nós temos um leque de lideranças, todas em condições de a gente estar apresentando para as disputas futuras, é esse o objetivo nosso: É fazer uma grande disputa eleitoral para o governo do estado, explorando as alianças e fortalecendo a bancada do senado e de deputados federais.
LeiaJá – E quais as táticas que a legenda pretende utilizar?
Florisvaldo - Olha, a possibilidade é a seguinte: É seguir uma estratégia nacional. Se a gente tem uma construção na estratégia nacional, porque o PT não participa a nível nacional uma coisa, a nível do Estado outra. A gente aqui não apoia um da situação, ali a gente apoia outros da oposição. O PT não é assim, aquilo que for definido é que o que vamos seguir.
LeiaJá – Então quer dizer que estão preparados para uma candidatura estadual?
Florisvaldo- Tem essa questão da candidatura do Eduardo Campos para a presidência da república. Se ele for candidato à presidência da república, se isso se evoluir e se consolidar ele vai estar contra a presidente Dilma. Eu acho que isso define o caminho que o partido vai ter no Estado.