Lula deve dar prioridade a cidades do interior em tour
Como a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fará seu giro, mas, no caso dele, ao longo de todo 2013. Tido como espécie de reedição das Caravanas da Cidadania, o "road show" ainda está em estudo, e seu formato será definido até o fim de janeiro pelos dois auxiliares mais próximos de Lula, Paulo Okamotto e Clara Ant. Ambos devem contemplar o Nordeste com algumas visitas do ex-presidente pernambucano à região onde nasceu e que lhe deu boa parte dos votos que garantiram sua eleição e reeleição. Lá, como nas outras regiões do País que visitará, o ex-presidente deve se encontrar com líderes locais, participar de seminários e fazer um balanço do Brasil que encontra após suas duas gestões como presidente. Sobretudo, subirá ao palanque para discursar, fazer política e se manter como uma alternativa a Dilma caso a economia desande - de toda forma, uma investida eleitoral do ex-presidente em 2014 é considerada improvável por seus principais auxiliares.
O staff de Lula ainda se debruça sobre os locais a serem percorridos e as respectivas datas, mas já definiram que as caravanas - o próprio Instituto hesita em chamá-las assim - deste ano serão mais curtas do que as feitas por Lula entre 1993 e 1996, inclusive por causa da idade do ex-presidente, que está com 67 anos. À época, elas duravam até três semanas. Nas caravanas de 2013 Lula provavelmente visitará mais o interior dos Estados, já que em 2012 visitou as capitais em função das necessidades eleitorais do PT. Desde que deixou a Presidência, Lula só foi ao interior uma vez, em 2011, quando visitou Araçuaí, em Minas Gerais. Nas viagens, que não começam antes do carnaval, o ex-presidente terá a companhia de dirigentes petistas. Os auxiliares de Lula também estudam formas de casar o "road show" com eventos que a Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, fará em várias regiões do País para debater o legado de 10 anos do PT no poder - os dois mandatos de Lula e o meio mandato de Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo