Debate morno e sem muita emoção
Participaram da última sabatina antes das eleições, cinco dos oito prefeituráveis do Recife
O debate realizado pela rede Globo na noite desta quinta-feira (5) contou com a presença dos candidatos cujos partidos compõem as coligações com representatividade no Congresso Nacional. Estiveram presentes os postulantes Mendonça Filho (DEM), Roberto Numeriano (PCB), Daniel Coelho (PSDB), Geraldo Julio (PSB) e Humberto Costa (PT). Douglas Sampaio (PRTB) comunicou a emissora que não iria comparecer. Na ocasião, foram abordados temas como mobilidade, educação, saúde, geração de emprego, entre outros assuntos.
O último debate dos perefeituráveis antes do primeiro turno não teve ânimos exaltados, nem troca de acusações. Os postulantes se limitaram a apresentar propostas e rebater críticas de maneira evasiva. Alguns temas como a Parceria Público-Privada (PPP) da Compesa e o enfrentamento entre Geraldo, Humberto e Daniel acordaram o telespectador durante alguns segundos. Humberto trouxe um novo assunto ao falar que Geraldo não assumiu que foi secretário de finanças da prefeitura de Petrolina por causa de um empréstimo de R$ 30 milhões feito na época pela prefeitura e autorizado pelo socialista.
“Na biografia apresentada no programa de TV, Geraldo fez tudo no governo do Estado, agora ele não conta que ampliou a dívida do município de Petrolina com o BNDES e não se sabe onde foi investido esse dinheiro”, comentou Humberto. Ao se defender Geraldo disse que os recursos foram aplicados e que ele tem as contas aprovadas por onde trabalhou.
Já Roberto Numerino colocou lenha na fogueira ao abordar assuntos como a falta de qualificação profissional por parte do governo do Estado e a grande quantidade de promessas feitas por Geraldo na sua campanha. “Em Suape o Estado e os empresários foram beneficiados, mas os trabalhadores não foram capacitados. Ele (Geraldo) generaliza e apresenta propostas mirabolantes. Cuidado que promessas demais acabam estragando o bolo”, aconselhou Numeriano.
Ao falar sobre a Compesa, Humberto Costa disse que o governo do Estado e o presidente da empresa, Roberto Tavares, no período de campanha, usaram a máquina pública em defesa da PPP da Compesa. “O Recife não é curral eleitoral, não sou contra as PPPs, mas sou contra essa PPP especificamente”, defendeu Humberto. Já Daniel reforçou que a publicidade do Estado tenta confundir as pessoas e não dá para distinguir o que é propaganda institucional do que é propaganda eleitoral.
O tucano também levantou o assunto relacionado à coleta do lixo afirmando ser necessário rever o contrato que não tem licitação. “Uma única empresa coleta sozinha 80% do lixo do Recife, quando o ideal seria dividir em quatro lotes e aumentar a concorrência, melhorando assim o serviço”, sugeriu Daniel.
Mendonça Filho destacou que a verba para a coleta do lixo teve um aumento de 80%, mas o serviço é de péssima qualidade. “A cidade está imunda, são canaletas entupidas, lixo em toda parte, é preciso modificar totalmente o serviço de limpeza urbana. Aumentaram de R$ 100 milhões para R$ 180 milhões, no contrato da empresa que presta serviço a prefeitura e não houve um melhora no serviço prestado”, reclamou o democrata.