Promotoria acusa cinco por assassinato de Mãe Bernadete
As investigações sobre a morte de Mãe Bernadete foram concluídas após a Polícia Civil ouvir mais de 80 pessoas, elaborar 14 laudos periciais e 17 relatórios técnicos e de apuração
O Ministério Público da Bahia denunciou cinco homens pelo assassinato da ialorixá e líder quilombola Maria Bernadete Pacífico Moreira, a Mãe Bernadete, de 72 anos. O grupo é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe, de forma cruel, com uso de arma de fogo e sem chance de defesa da vítima. O crime ocorreu no dia 17 de agosto. Os cinco acusados invadiram a casa de Mãe Bernadete em Simões Filho, região metropolitana de Salvador, e a fuzilaram.
A acusação foi levada à Justiça baiana na última segunda-feira, 13, e atinge Arielson da Conceição Santos, Josevan Dionísio dos Santos, Sérgio Ferreira de Jesus, Marílio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus. Os dois primeiros já estão presos. Marílio e Josevam, foragidos. O MP ainda pediu a prisão preventiva de Ydney ao denunciar o grupo pelo homicídio.
As investigações sobre a morte de Mãe Bernadete foram concluídas após a Polícia Civil ouvir mais de 80 pessoas, elaborar 14 laudos periciais e 17 relatórios técnicos e de apuração. Segundo os investigadores, alguns integrantes do grupo estão ligados a grupo criminoso que trafica drogas na região metropolitana de Salvador.
O mandante do crime seria um conhecido de Maria Bernadete e dono de uma barraca situada na área do quilombo. Ele teve "uma reunião e uma discussão acalorada" com a líder quilombola, diz a Polícia. É apontando como líder de um grupo criminoso que pratica tráfico de drogas em Simões Filho.