OAB-SP cria medalha para homenagear advogadas negras
Medalha foi proposta por Dione Almeida, primeira mulher negra a ocupar a presidência da OAB-SP em 91 anos
A Seção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) criou a Medalha Tereza de Benguela para honrar advogadas negras que desempenharam um papel significativo na história da entidade, promovendo a justiça e a igualdade. Tereza de Benguela, líder do Quilombo do Quariterê no século XVIII, é amplamente reconhecida como um ícone nacional de liderança contra a colonização. Ela era originalmente uma escravizada que ascendeu ao posto de rainha.
A cerimônia de entrega das medalhas foi marcada para 25 de julho, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A honraria foi proposta pela diretora secretária-geral adjunta da seccional paulista, Dione Almeida, quando assumiu a presidência interina da OAB-SP, sendo a primeira mulher negra a ocupar o cargo em 91 anos.
Ana Carolina Lourenço, vice-presidente da Comissão da Mulheres Advogadas da OAB SP, destacou a relevância da medalha, afirmando: “Isso não é apenas uma medalha, mas uma demonstração concreta de nossa gratidão, respeito e comprometimento com aquelas que, por meio de sua dedicação e empenho, moldaram a advocacia em São Paulo”.