Alpinista americano morre no Everest
O homem de 66 anos estava no período de aclimatação na área do campo base 2, que fica a 6.400 metros de altura
Um alpinista americano faleceu no monte Everest, anunciou o organizador da expedição nesta terça-feira (2), na primeira morte de um alpinista estrangeiro na atual temporada na maior montanha do planeta.
O homem de 66 anos estava no período de aclimatação na área do campo base 2, que fica a 6.400 metros de altura, quando faleceu na segunda-feira.
"Não estava bem e faleceu no campo 2. Esforços estão em curso para o transporte do corpo", declarou à AFP Pasang Thsering Sherpa, da empresa Beyul Adventure.
Ele acrescentou que as condições meteorológicas ruins complicam a operação para a retirada do corpo.
A Beyul Adventure é a parceira local da empresa americana International Mountain Guides.
A temporada de escalada do Everest na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) teve um início trágico no mês passado com as mortes de três nepaleses.
O trio passava pela traiçoeira geleira Khumbu durante uma missão de abastecimento quando um bloco de gelo se desprendeu e empurrou o grupo para uma fenda.
O Nepal emitiu 466 permissões de escalada do Everest para alpinistas estrangeiros nesta primavera.
Como a maioria precisa de um guia local, especialistas calculam que mais de 900 pessoas tentarão escalar o topo do mundo nesta temporada, que vai até o início de junho.
Isto pode provocar novamente um grande tráfego e engarrafamentos no caminho até o pico, em particular se o período para chegar ao topo for reduzido devido ao tempo ruim.
Na média, cinco alpinistas morrem a cada ano na maior montanha do mundo.
Em 2019, no entanto, 11 pessoas morreram e quatro óbitos foram atribuídos às aglomerações.
O Nepal tem oito das 10 maiores montanhas do mundo. O país recebe centenas de alpinistas durante a temporada de escalada na primavera.