Seis dicas de como podemos enfrentar o aquecimento global

Confira como podemos reduzir os avanços das médias da temperatura do planeta

por Guilherme Gusmão | sab, 25/03/2023 - 08:00
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Enfrentar o aquecimento global é um desafio dessa e das futuras gerações. Os últimos dados divulgados por instituições meteorológicas indicam o acúmulo de grandes concentrações de gases na atmosfera que bloqueiam o calor emitido pelo sol, aumentando assim, as médias da temperatura do planeta em todas as suas regiões, afetando a qualidade de vida de bilhões de pessoas.  

De acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos anos foram os mais quentes registrados desde 1880, com destaques para 2016, 2019 e 2020. As pesquisas também apontaram a probabilidade de 20% de que o aumento da temperatura exceda temporariamente os 1,5°C já a partir do próximo ano.

No famoso Acordo de Paris, que é um tratado de compromisso mundial que combate a crise climática, os países membros se comprometeram a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2°C, de preferência a 1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais. Cada país signatário do acordo estabeleceu uma meta para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa por volta de 2030.

Em entrevista ao LeiaJá, a engenheira ambiental Pollyana Alves, afirmou que o aquecimento global é um fenômeno associado a diversas causas, sendo a ação humana a principal. ''Então, como sabemos, o aquecimento global nada mais é que o aumento anormal da temperatura do nosso planeta. Esse fenômeno é associado principalmente às ações antrópicas. E suas causas são diversas, mas a principal delas é a ação humana, que não vem adotando políticas de sustentabilidades”, pontuou a engenheira.

Segundo Pollyana, os dados das organizações ambientais devem servir como um alerta para os seres humanos em suas ações. "A poluição, as queimadas e os desmatamento das áreas naturais, contribuem para o aquecimento global no sentido de promover um desequilíbrio climático. A remoção da vegetação, por exemplo, prejudica o controle das temperaturas e os regimes de chuva”, disse.

A engenheira ambiental deu exemplos de como as pessoas podem contribuir na luta contra o acúmulo de grandes concentrações de gases na atmosfera. “Podemos realizar ações simples e eficazes que ajudam o equilíbrio climático. Atitudes como: economizar energia elétrica, deixar seu carro em casa e utilizar mais as bicicletas e os ônibus, evitar banhos demorados, entre outras ações. Inclusive, plantem árvores, pois o meio ambiente precisa delas, e nós precisamos também.”

Além de pressionar indústrias e os governantes a adotarem políticas socioambientais responsáveis, saiba como você também pode contribuir no combate às mudanças climáticas corrigindo alguns hábitos de consumo que podem ser facilmente praticados no seu cotidiano.

Para ajudá-lo, selecionamos 6 atitudes sustentáveis. Confira:

1- Faça trechos menores a pé

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física por semana, o que equivale a cerca de 20 minutos de caminhada no dia. Por isso, nada melhor que percorrer pequenas distâncias andando, por isso, sempre que possível, substitua o uso do carro ou moto por caminhadas para percursos de até 3 Km de distância. A escolha reduz a emissão de gases de efeito estufa e, com certeza, o aquecimento global. O uso da bicicleta também pode lhe auxiliar nesses novos hábitos.

Para quem precisa percorrer distâncias maiores, vale usar o transporte coletivo alguns dias da semana ou organizar com amigos a carona solidária. Experimente deslocamentos por meio de aplicativos de veículos elétricos ou com o uso de biocombustíveis.

2- Dê preferência a alimentos agroecológicos

Troque os supermecados por feiras orgânicas da região próxima a sua casa. Os alimentos vendidos nessas feiras não vêm em embalagens de plástico e o trajeto que fazem do produtor até o vendedor é mais curto que o dos comercializados em um supermercado.

Consuma mais produtos agroecológicos, ou seja, produzidos sem agrotóxicos e pela agricultura familiar. Além da conservação do meio ambiente, isso vai contribuir com a economia da região onde você mora. A compra de produtos locais ajuda a diminuir a emissão de CO2 liberado com o transporte desses alimentos.

3- Consuma menos carne

De acordo com relatórios do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), mais de 70% das emissões totais de gases no Brasil estão ligadas à atividade agropecuária. Os estudos levam em consideração a adubação, o desmatamento para pastagem, o metano emitido pelo gado e o transporte dos produtos. Nesse sentido, adote uma alimentação mais diversificada, acompanhada de um nutricionista.

4- Economize luz e água

Reduzir o consumo de água e energia elétrica contribui tanto para as suas finanças, quanto para o meio ambiente, já que reduz a demanda de recursos naturais para os fornecimentos desses serviços. Você pode mudar seus hábitos com dicas simples que vão desde o reaproveitamento de água para lavar o quintal até a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, por exemplo. Uma boa forma de começar a planejar a redução de gastos de energia é simulá-los com a calculadora de conta da energia do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC).

5- Reduza a geração de resíduos

Adote a coleta seletiva, pois contribui para a preservação do meio ambiente e para práticas cotidianas mais sustentáveis. Em sua casa, crie alternativas eficazes para diminuir a geração dos resíduos. Compre produtos duráveis e resistentes, reutilize sacolas plásticas e não as descarte em locais inadequados, escolha produtos de empresas que desenvolvem programas socioambientais e recicle objetos.

6- Cobre políticas públicas dos governantes

Fale com a gestão da sua cidade sobre a elaboração de políticas públicas que preservem a natureza. Solicite palestras sobre o assunto. Cobre o comprometimento de políticos com essa temática e acompanhe as promessas de todos os candidatos eleitos.

 

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