Jaboatão está entre as cidades com pior saneamento básico
Índice considerou atendimento, distribuição e entrega da água nos 100 maiores municípios do país. Recife e Olinda também aparecem na lista
Jaboatão dos Guararapes é a cidade pernambucana com os piores índices de saneamento básico do estado, de acordo com o novo ranking do Instituto Trata Brasil, que mapeia, entre os 100 municípios mais populosos do país, os indicadores de distribuição, tratamento e perda de água durante o fornecimento à população. Das 100 localidades, Jaboatão ficou em 87º, assim, pontuando como uma das piores na listagem nacional.
O município fica acima de outras 13 cidades de diversas regiões brasileiras, incluindo cinco capitais: Maceió, Rio Branco, Belém, Porto Velho e Macapá, que é a última colocada, em 100º. Recife, capital pernambucana, surge na 78ª posição nacional e é a segunda pior colocada do estado. No entanto, a nota melhorou do ano passado para cá: em 2022, a posição era a 83º. Jaboatão também variou uma posição, saindo da 88ª.
O único município de Pernambuco a estar na primeira metade da lista, entre as 50 cidades populosas no topo do ranking de saneamento, foi Petrolina, no Sertão, que ocupa o 39º lugar. No entanto, a cidade desceu seis posições. No ano passado, Petrolina ocupava a 33ª posição.
O método utilizado pelo Instituto Trata Brasil considera os municípios com maior densidade populacional e realiza paralelo com os indicadores de saneamento, como a porcentagem da população com acesso a água, quantos têm acesso à água tratada, entre outros fatores. O estudo também considera o desperdício e as perdas durante a distribuição e, da mesma forma, quanto menor o índice, mais bem posicionada está a cidade, pois menos água produzida se perdeu durante a distribuição.
Perrnambuco, da cidade mais bem avaliada à última colocada
Petrolina, 39ª posição de 100
Em 2022, estava na 33ª posição. Quanto menor ou mais acima a cidade está na lista, melhor a nota de saneamento. O atendimento total de água é 100%, significando que todos os 359.372 habitantes têm acesso à água. No entanto, o atendimento total de esgoto cai para 83,77% de alcance. Já o tratamento de esgoto está disponível para apenas 75,18%.
Nas perdas, Petrolina tem 35,19% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 238,6 L.
Caruaru, 50ª posição de 100
A cidade agrestina desceu oito posições, caindo da 42ª para a 50ª em um ano. Lá, o atendimento total de água também é 100% para seus 369.343 habitantes, mas o atendimento em esgoto cai 55,31%. O esgoto tratado está disponível apenas para 47,79% da população. Nas perdas, Caruaru tem 33,17% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 193,87 L.
Paulista, 64ª posição de 100
Paulista aparece uma posição acima da vizinha, Olinda, estando em 64º lugar no ranking. A posição foi a mesma em 2022. No atendimento total de água, entrega o serviço a 100% da população, que é de 336.919 pessoas. No atendimento de esgoto, cai quase metade: 54,21%. Desse número, 52,98% representam esgoto tratado. Nas perdas, Paulista tem 45,97% da água produzida perdida.
Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 302,39 L, o terceiro maior indicador de perda até então. Em volume perdido, está atrás apenas de Olinda e Recife.
Olinda, 65ª posição de 100
Na mesma posição em 2022 e 2023, Olinda tem atendimento total de água a 100% dos 450.024 habitantes. Já o atendimento em esgoto cai para 46,05%, com índice de tratamento em 53,03%. A cidade perde 51,70% da água produzida, resultando em 419,82 L perdidos por ligação/dia.
Recife, 78ª posição de 100
A capital pernambucana é a segunda pior colocada do ranking e também a cidade mais populosa do estado a estar contemplada no estudo, tendo 1.661.017 habitantes. Destes, 96,43% têm acesso ao atendimento total de água. Já o atendimento de esgoto está disponível para 46,05% dos recifenses, com tratamento de esgoto para apenas 53,03% destes.
A cidade perde 50,83% da água produzida, resultando em 618,76 L perdidos por ligação/dia.
Jaboatão dos Guararapes, 87ª posição de 100
Pior colocada no ranking, Jaboatão também não entrega água para a totalidade da população e está bem abaixo das vizinhas, com um atendimento total de água em 80,01% para a população de 711.330 pessoas. O atendimento em esgoto é de apenas 21,64% e o tratamento de esgoto sobre esse número é de 34,03%.
Nas perdas, Jaboatão tem 36,73% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 284,60L. A cidade estava posicionada em 88º no último ano.