Especialistas analisam o papel dos consulados na Amazônia

Tema foi abordado em evento acadêmico voltado para os diálogos paradiplomáticos, realizado em Belém

qui, 28/04/2022 - 15:09

O curso de Relações Internacionais da UNAMA - Universidade da Amazônia promoveu, na última quinta-feira (28), o evento gratuito e aberto “Diálogos sobre Paradiplomacia na Amazônia: A Importância dos Consulados na Amazônia”. A pauta central foi a análise do intercâmbio entre governos da região amazônica e de outras nações do planeta.

De acordo com o professor Mário Tito, doutor em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UNB) e coordenador do curso, a intenção é fazer com que as estratégias diplomáticas entre a academia e os vários agentes consulares da Região Metropolitana de Belém cresçam ainda mais, além de abrir possibilidades de pesquisas na área. “A ideia do curso de Relações Internacionais com esse evento é priorizar, na formação do futuro internacionalista, não só a abertura de mercado, mas, também, que esses agentes consulares conheçam que existem acadêmicos estudando para trabalhar nessas agências consulares e, de alguma forma, favorecer esse intercâmbio.”, disse.

Para compreender e explicar melhor a paradiplomacia, que surgiu em um cenário de criação de zonas de livre comércio e blocos econômicos, Mário Tito a caracteriza como “a ação de relações internacionais feita por Estados e municípios". "A diplomacia é feita pelo Estado Central, no caso, o Governo Federal. A paradiplomacia é feita pelos Estados subnacionais e os municípios”, assinala.

Na Amazônia, segundo Mário Tito, a paradiplomacia também é conhecida como “Operação Descentralizada”. Possui um foco maior na proteção ambiental e nos serviços e nas ajudas financeiras e técnicas que são direcionados à preservação do ecossistema e ao atendimento da população.

“Qualquer Estado nacional, qualquer município pode fazer relações internacionais nesse nível de cooperação descentralizada. O mais interessante é quando esses Estados e municípios organizam assessorias de relações internacionais ou, então, uma secretaria de relações internacionais que possa fazer com que seja um elemento dinamizador de todas as atividades, seja na relação com organizações internacionais, com outros países, com outras instituições financeiras, com ONGs, inclusive”, acrescenta.

O evento ocorreu no auditório David Mufarrej, da UNAMA Alcindo Cacela, e contou com a presença de cônsules especialistas no assunto. 

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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