Líbano sofre novo apagão geral
Neste sábado, manifestantes exasperados com essa situação atacaram uma central de distribuição da EDL na região de Aramun, informou a empresa
A empresa pública de eletricidade do Líbano (EDL) anunciou neste sábado que suas centrais estavam paradas e culpou manifestantes que cortaram uma linha de alta tensão pelo blecaute.
Os libaneses já vivem pelo menos 20 horas por dia sem luz, devido à escassez de combustíveis causada pelo colapso econômico do país. Neste sábado, manifestantes exasperados com essa situação atacaram uma central de distribuição da EDL na região de Aramun, informou a empresa. "Isso interrompeu a rede elétrica e causou um apagão completo em todo o território libanês às 17h27", acrescentou.
O novo corte aumentará a pressão sobre os geradores privados, que, a duras penas, conseguem aliviar a paralisação quase completa do abastecimento estatal de energia.
A conta de luz de uma família libanesa que usa as redes privadas supera o salário mínimo do país, equivalente a 22 dólares. A comunidade internacional exige que as autoridades libanesas, acusadas de corrupção endêmica, realizem reformas com urgência, principalmente na gestão da EDL.
O Líbano negociou no outono local com Egito e Jordânia o envio de gás e eletricidade através da Síria, enquanto o movimento xiita Hezbollah anunciou várias entregas de combustível.