PE: realização do Carnaval dependerá dos dados de janeiro
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta (2), Governo do Estado demonstrou preocupação com o cenário de incertezas produzido pela chegada da variante Ômicron ao Brasil
O Governo de Pernambuco só pretende decidir sobre a realização do próximo Carnaval na segunda quinzena de janeiro de 2022. Em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife, nesta quinta-feira (2), o secretário estadual de Saúde, André Longo, manifestou preocupação com o cenário de incertezas produzido pela chegada da variante Ômicron ao Brasil. Além disso, o secretário chamou a atenção para o fato de que 581.083 pernambucanos seguem com a segunda dose da vacina contra covid-19 atrasada.
“O Comitê de Enfrentamento à covid-19 em Pernambuco se reuniu e acha que a melhor análise desse cenário [de um possível carnaval] não é nesse momento. É preciso avançar mais e trabalhar hoje com a necessidade da dose de reforço. Nós precisamos saber como essa variante nova vai se comportar no inverno europeu, não sabemos ainda se ela é resistente à vacina. Tem várias incertezas que a gente precisa dirimir pra poder falar com convicção sobre o carnaval. Hoje, não é possível atestar que há segurança sanitária para realização desse evento, com dados que a gente tem”, afirmou Longo.
Ciclo natalino
Apesar disso, o secretário falou com otimismo sobre a possibilidade de promoção do ciclo natalino no estado. “Temos um plano de convivência que está em vigor e aponta para as necessidades e limitações desse cenário, que ainda é um cenário positivo. estamos trabalhando dentro de um cenário positivo [...] É possível, inclusive, o poder público fazer algum tipo de evento, mas com limitação de 300 pessoas, com o protocolo de pessoas vacinadas, utilizando máscara e tentando manter o distanciamento social”, acrescentou Longo.
Ao contrário das medidas de flexibilização das máscaras anunciadas pelo estado de São Paulo, Pernambuco manterá o uso do EPI como obrigatório. “Não vamos pensar em abdicar do uso da máscara, mas buscar intensificar seu uso para proteger todos”, assegurou Longo.