Julgamento de Aung San Suu Kyi é adiado em Mianmar
A Prêmio Nobel da Paz é acusada de violar as restrições sanitárias pela Covid-19 e de importação ilegal de walkie-talkies
A líder civil birmanesa deposta Aung San Suu Kyi não participou da retomada de seu julgamento, que teve de ser adiado mais uma vez, por problemas de saúde da ré - informou sua advogada nesta segunda-feira (13).
O processo seria retomado hoje, após dois meses de suspensão pela pandemia. A Prêmio Nobel da Paz é acusada de violar as restrições sanitárias pela Covid-19 e de importação ilegal de walkie-talkies.
Em prisão domiciliar desde o golpe de Estado militar de fevereiro, a líder civil de 76 anos se reuniu com sua equipe jurídica antes da sessão e teve de voltar para casa, porque ficou tonta no carro, relatou sua advogada Min Soe.
"Ela não foi a lugar algum de carro nos últimos dois meses. Por isso, ficou tonta no carro hoje (...) Disse que precisava voltar para casa para descansar", completou a advogada.
À exceção dos encontros com seus advogados e de suas aparições no tribunal, Aung San Suu Kyi se encontra isolada do mundo. Entre as outras acusações que pesam sobre ela, estão sedição, aceitação de suborno e violação de uma lei de sigilo da era colonial. Ao todo, pode ser condenada a uma sentença de mais de dez anos de prisão.
Sua advogada, Min Min Soe, informou hoje que sua cliente recebeu novas acusações de corrupção.