Enfermeiros protestam por piso salarial em 5 cidades de PE
A categoria vai suspender as atividades e realizar carreatas em três regiões do Estado. Apenas postos destinados à Covid-19 não serão afetados nesta quarta (30)
Após assembleia com a categoria, o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) confirmou a paralisação nacional nesta quarta-feira (30). O presidente Francis Herbert informou que apenas as unidades que oferecem serviços voltados à Covid-19 vão funcionar com 100% da capacidade profissional.
Pela aprovação do piso salarial dos enfermeiros, pleiteado no Projeto de Lei (PL) 2564/20 que corre no Senado, os profissionais do Grande Recife vão realizar uma carreata com concentração marcada as 8h, em frente ao Chevrolet Hall, em Olinda. O percurso vai cruzar a capital e segue até o bairro do Pina, na Zona Sul.
Francis explica que a mobilização é para se posicionar contra os "baixos salários e uma carga horária muito excessiva. Daí faz necessário esse movimento pra que a gente possa ter vida e que a gente possa cuidar de outras vidas".
Em Pernambuco, a manifestação nacional também ocorre nos municípios de Caruaru, Arcoverde e Garanhuns, no Agreste, e em Petrolina, no Sertão, onde será no esquema de passeata.
O presidente do Satenpe aponta que as atividades ambulatoriais em Unidades de Saúde da Família (USFs), Unidades básicas (UBs) serão suspensas ao longo do dia. Urgências, emergências, blocos cirúrgicos e UTIs terão 60% dos enfermeiros em serviço.
Por outro lado, a atividade em postos de vacinação e unidades destinadas aos pacientes e à testagem da Covid-19 não será afetada. "Esses nós não vamos mexer em respeito à sociedade e buscando sempre mostrar que a nossa luta é por qualidade para que a gente possa fazer mais e melhor pela sociedade. Coisa que a gente não vem tendo condições", comenta.
Questionado sobre o prazo da paralisação, o representante dos profissionais garante que a suspensão ocorre apenas para esta quarta (30), entretanto, prometeu novos atos caso a proposta não avance no Congresso. "Hoje será apenas de 24h, no entanto, caso persista a não colocação deste PL na pauta do Senado, podemos e vamos continuar com atos de paralisação em todo Brasil", concluiu.