Nova Delhi e Mumbai iniciam desconfinamento
Mercados e shoppings vão funcionar em dias alternados, com metade deles abertos a cada dia
Os mercados e centros comerciais de Nova Delhi poderão reabrir na segunda-feira (7), o que marca uma nova etapa no processo de desconfinamento, anunciaram as autoridades indianas neste sábado (5), em um contexto de queda dos casos de Covid-19 nas principais cidades do país, após semanas de restrições.
O metrô de Nova Delhi também vai retomar o tráfego, a 50% de sua capacidade, informou o primeiro-ministro da cidade, Arvind Kejriwal.
Mercados e shoppings vão funcionar em dias alternados, com metade deles abertos a cada dia.
Os escritórios também poderão reabrir, com 50% da capacidade, mas Kejriwal pediu a seus concidadãos que trabalhem em casa.
A flexibilização das medidas vem depois que Delhi autorizou, na semana passada, a retomada do trabalho no setor da construção civil e nas fábricas.
"Eles abriram há uma semana. Na frente da pandemia, a situação continua sob controle", observou Kejriwal.
"É importante colocar a economia de volta aos trilhos se o nível sanitário melhorar. Rezamos para que isso continue", acrescentou.
O governo do estado de Maharashtra - que inclui Mumbai, a locomotiva econômica da Índia - anunciou um plano de cinco etapas para aliviar as restrições, dependendo das taxas de infecção e da capacidade hospitalar.
No nível 1 (com uma taxa de infecção abaixo de 5% e taxas de ocupação de leitos hospitalares abaixo de 25%), todas as lojas, restaurantes e shoppings podem reabrir.
Já no nível 5 (taxa de infecção acima de 20%), as restrições permanecem rígidas.
De acordo com estatísticas oficiais, as infecções diárias na Índia caíram para cerca de 120.000, contra mais de 400.000 em maio.
O número de mortos também caiu, com 3.380 óbitos registradas nas últimas 24 horas, embora continue a parecer grosseiramente subestimado.
Pelo menos 344.082 pessoas morreram no país em decorrência do coronavírus, que agora está disseminado em algumas áreas rurais.
Neste sábado, Nova Delhi reportou 400 novas infecções, em comparação com 25.000 casos diários há sete semanas, quando o confinamento foi decidido.
A onda epidêmica na época foi atribuída ao surgimento de novas variantes e à autorização do governo para um retorno à vida normal, com comícios políticos e festas religiosas.
O programa de imunização está avançando lentamente devido à escassez, confusão e rixas entre o governo federal e os estados regionais.
Atualmente, apenas cerca de 180 milhões de pessoas, ou 14% da população, receberam uma dose da vacina anticovid e 45 milhões, ou 3,4%, receberam duas doses.