Breve cronologia da resposta da OMS à pandemia da Covid-19
Em 31 de dezembro de 2019, o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China notifica a unidade regional sobre casos de "pneumonia viral"
Desde os primeiros casos de Covid-19 detectados em dezembro de 2019 na China até a publicação, nesta quarta-feira (12), do relatório do grupo independente sobre a preparação e a resposta à pandemia, esta é uma breve cronologia da gestão da Organização Mundial da Saúde (OMS) da maior epidemia no mundo desde o início do século XX:
- Primeiro foco em Wuhan -
Em 31 de dezembro de 2019, o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China notifica a unidade regional sobre casos de "pneumonia viral", depois que o site da comissão de saúde da prefeitura de Wuhan publica uma declaração à imprensa sobre o tema.
No mesmo dia, o serviço de informação sobre epidemias da OMS toma conhecimento de outra informação da imprensa, veiculada pelo sistema internacional de alerta, de surtos epidêmicos ProMED sobre o mesmo grupo de casos de "pneumonia de origem desconhecida" em Wuhan.
- Transmissão entre seres humanos -
Em 14 de janeiro de 2020, a OMS fala de uma possível "transmissão entre humanos limitada", uma observação baseada em 41 casos confirmados.
No dia 21, após uma breve visita de especialistas da OMS da China a Wuhan, o escritório regional da instituição indica que "agora está muito claro, segundo as últimas informações, que existe uma certa transmissão entre humanos".
- Declaração de emergência -
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declara a situação uma "emergência de saúde pública de importância internacional" e, em 11 de fevereiro, dá um nome para a doença: Covid-19.
De 16 a 24 de fevereiro, uma missão científica que inclui 25 especialistas de Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Nigéria, Rússia, Singapura, Canadá e da OMS viaja para Wuhan.
- A pandemia -
No dia 11 de março, a OMS declara a Covid-19 uma "pandemia", o que provoca grande comoção e uma tomada de consciência ao redor do mundo. A agência da ONU destaca que vários países demonstraram que o vírus, que já havia provocado mais de 4.500 mortes, principalmente na China, poderia ser "suprimido, ou controlado".
- Acelerador ACT -
No dia 24 de abril, a OMS lança o ACT Accelerator, um dispositivo internacional que tem como objetivo acelerar a produção de vacinas, tratamentos e mecanismos de diagnóstico contra a Covid, para ajudar os países mais pobres a enfrentarem a crise de saúde.
- Uso de máscara -
No dia 5 de junho, a OMS recomenda o uso de máscaras em locais de grande circulação nas regiões mais afetadas pelo vírus. Em 21 de agosto, recomenda o uso de máscaras a partir dos 12 anos, nas mesmas condições que os adultos.
- Transmissão aérea -
Em 7 de julho, a OMS reconhece que começam a surgir evidências sobre a transmissão do coronavírus pelo ar.
- Homologação das primeiras vacinas -
Em 31 de dezembro, a OMS autoriza a vacina da Pfizer/BioNTech para uso emergencial. Em 15 de fevereiro de 2021, o mesmo ocorre com o medicamento da AstraZeneca; em 12 de março, com o imunizante da Johnson & Johnson; em 30 de abril, com o fármaco da Moderna; e, uma semana depois, com o da Sinopharm.
- Estudo sobre a origem da Covid -
Em 29 de março, o relatório conjunto de especialistas internacionais designados pela OMS e de cientistas chineses conclui que a transmissão aos seres humanos por um animal intermediário é uma hipótese "entre provável e altamente provável", enquanto um incidente em um laboratório permanece "extremamente improvável".
- Avaliação da gestão da pandemia -
Em 12 de maio, o grupo independente sobre a preparação e a resposta à pandemia publica suas conclusões, depois de oito meses de investigação, e afirma que a pandemia "poderia ter sido evitada". Denuncia atrasos na China, na OMS e em outros lugares, má coordenação e decisões ruins. Além disso, pede aos países ricos que forneçam um bilhão de doses de vacinas até setembro.