Governador de Nova York insiste em manter o cargo
Andrew Cuomo foi acusado de assédio por ex-auxiliares
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, reiterou neste domingo (7) sua negativa de renunciar, apesar dos pedidos para que o faça de parte de influentes colegas democratas por causa de um escândalo de assédio sexual.
"Não vou renunciar por causa de acusações", disse o governador depois que Andrea Stewart-Cousins, líder do Senado no estado de Nova York, disse que ele deveria deixar o cargo "pelo bem do estado".
"Não há forma de que eu renuncie", repetiu Cuomo.
Stewart-Cousins disse em um comunicado que as acusações de assédio contra Cuomo por parte de ex-auxiliares ocorreram em um momento crítico, quando o estado luta contra a Covid-19 e em meio a acusações de que o governo Cuomo gerenciou mal a resposta inicial à pandemia.
"Precisamos governar sem distrações diárias. O governador Cuomo deve se demitir", afirmou.
Carl Heastie, o líder democrata da Câmara Baixa, emitiu um comunicado pouco depois. "Acho que é hora de que o governador considere seriamente se pode satisfazer de forma efetiva as necessidades do povo de Nova York", diz o texto, divulgado pelo The New York Times.
Cuomo, inicialmente elogiado pela gestão da pandemia em seu estado, sofreu uma queda espetacular da opinião pública, e os republicanos também pediram sua renúncia.
Sua ex-assistente Lindsey Boylan alega que o governador lhe deu um beijo na boca impulsivamente, uma acusação que ele negou.
"Nunca toquei ninguém de forma inapropriada", disse Cuomo na quarta-feira. "Não foi intencional, e me desculpo sincera e profundamente", disse.
A procuradora-geral do estado, Letitia James, chefia uma investigação sobre as acusações.