Nove combatentes pró-regime morrem em ataques israelenses
Observatório explicou que todos os combatentes mortos eram de forças 'pró-governo' não árabes, mas disse que não era capaz de determinar se eram afegãos, paquistaneses ou iranianos
Ao menos nove combatentes estrangeiros leais ao regime foram mortos nesta segunda-feira (15) antes do amanhecer na Síria em ataques israelenses contra depósitos de armas perto de Damasco, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
"Nove milicianos apoiados pelo Irã foram mortos" em ataques israelenses a depósitos de armas, incluindo depósitos de mísseis, em torno de Damasco, disse o OSDH.
O Observatório explicou que todos os combatentes mortos eram de forças "pró-governo" não árabes, mas disse que não era capaz de determinar se eram afegãos, paquistaneses ou iranianos.
A defesa antiaérea síria interceptou "um bom número de mísseis, mas muitos atingiram seus alvos e causaram danos", segundo a fonte.
Desde a eclosão da guerra na vizinha Síria em 2011, Israel realizou centenas de ataques contra posições do regime sírio e de forças aliadas - Irã e o Hezbollah libanês, inimigos de Israel.
Em Damasco, a agência de notícias oficial Sanaa, citando uma fonte militar, acusou o "inimigo israelense de realizar uma agressão com mísseis [disparados] do Golã sírio ocupado e da Galileia".
De acordo com a mídia estatal síria, "a maioria" dos mísseis foi abatida pelo exército.
Em Jerusalém, um porta-voz do exército israelense afirmou à AFP que não podia "comentar" esta informação.
Israel, que raramente confirma suas investidas na Síria, continua a insistir que não permitirá que este país se torne um reduto para as forças iranianas.
A guerra na Síria, desencadeada em março de 2011 pela repressão sangrenta de manifestações pró-democracia, complicou-se ao longo dos anos com a participação de potências estrangeiras e a multiplicação de facções armadas. O conflito já deixou mais de 387.000 mortos.