Estudo aponta medicamento capaz de combater a Covid-19
Apesar de ainda prematuro, os resultados dos 965 participantes do ensaio foram satisfatórios
A farmacêutica norte-americana, Eli Lilly and Company, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), divulgou um artigo nesta sexta-feira (21), em que celebra os resultados positivos da fase três do estudo, denominado BLAZE-2, sobre um medicamento, o anticorpo monoclonal bamlanivimabe, capaz de combater a Covid-19 em testes realizado em um lar de idosos.
Apesar de ainda prematuro, os resultados dos 965 participantes do ensaio (299 residentes e 666 funcionários) foram satisfatórios. 57% dos funcionários que receberam doses do bamlanivimab, tiveram menos chances de contrair a doença em relação aos que receberam placebo. Nos residentes do lar de idosos, o número chegou a 80%. Dos residentes que receberam doses de placebo, quatro morreram. Não houve registro de morte para quem recebeu a dose do medicamento.
"Estamos extremamente satisfeitos com esses resultados positivos, que mostraram que o bamlanivimab foi capaz de ajudar a prevenir COVID-19, reduzindo substancialmente a doença sintomática entre os residentes de asilos, alguns dos membros mais vulneráveis de nossa sociedade", disse Daniel Skovronsky, diretor científico e presidente da Lilly Research Laboratories.
Os testes aconteceram com um grupo de 965 pessoas que foram divididos em dois. Metade receberam a aplicação do remédio, feita via intravenosa, e metade receberam o placebo.
Agora a expectativa é que o medicamento que age na criação de mais anticorpos para combater o vírus, receba uma autorização emergencial para começar a ser utilizado em maior escala. Porém, no Brasil, o site da farmacêutica contém uma listagem das medicações disponíveis e nela não consta a medicação.