Biden promete evitar expulsão de venezuelanos
Candidato prometeu também mudar a política dos EUA sobre Cuba
O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, prometeu nessa quinta-feira (29), durante ato na Flórida, que vai evitar a expulsão de venezuelanos que fogem do regime de Nicolás Maduro e que mudará a política dos Estados Unidos com relação a Cuba se vencer o presidente republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 3 de novembro.
Embora lidere as pesquisas de intenção de voto nacionais, o candidato democrata aparece ombro a ombro com o presidente americano na Flórida, um estado decisivo para o definir o resultado do pleito e que conta com uma forte população de origem hispânica.
Biden qualificou o presidente Venezuelano, Nicolás Maduro, de "bandido" e denunciou a decisão do governo Trump de enviar centenas de venezuelanos e cubanos "de volta às suas ditaduras".
Trump "nem sequer quer outorgar um status temporário aos venezuelanos que fogem do opressor regime de Maduro", lamentou o candidato democrata, em um discurso de campanha no condado de Broward, próximo a Miami. "Eu o farei", disse.
Este Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) permite às pessoas originárias de países em conflito ou que sofrem crises humanitárias trabalhar legalmente nos Estados Unidos sem ter visto de residência.
Um projeto de lei para proteger 200.000 venezuelanos foi aprovado em 2019 na Câmara de Representantes, de maioria democrata, mas não avançou no Senado, controlado pelos republicanos.
Trump "não se preocupa pelos cubanos e venezuelanos", disse Biden.
O presidente republicano disse a seus partidários, reunidos em Tampa, também na Flórida, que Joe Biden havia "traído" os hispânicos durante sua longa carreira política em Washington.
"Eu sempre os amei e acho que eles sempre me amaram", disse.
Os cubano-americanos formam a maior proporção de eleitores hispânicos na Flórida e tradicionalmente optam pelos republicanos.
Biden também afirmou que é necessário adotar uma "nova política com relação a Cuba", e disse que a ilha "não está mais perto da liberdade e da democracia do que há quatro anos".
Ao final de 2014, durante a gestão de Barack Obama, de quem Joe Biden foi vice, os Estados Unidos empreenderam uma aproximação histórica com Cuba.
Mas as relações bilaterais azedaram desde a chegada ao poder de Donald Trump à Casa Branca, em 2017. Desde então, o presidente tem multiplicado as sanções contra o governo da ilha.