Praias de Ipojuca sem barracas nesta sexta-feira (21)
Barraqueiros entraram em acordo com a prefeitura e não armaram suas estruturas na faixa de areia
Após acordo com a prefeitura do Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, os barraqueiros das praias do município não armaram suas estruturas de trabalho na faixa de areia, nesta sexta (21). Apesar da proibição estadual, os trabalhadores chegaram a montar as estruturas para atendimentos aos banhistas, com guarda-sóis e cadeiras. Nos dias 19 e 20 de agosto, eles protestaram pela liberação do retorno de suas atividades.
Na última quinta (20), a prefeita Célia Sales solicitou uma reunião com as duas associações que representam a categoria no Ipojuca, para comunicar que, além de notificações, o descumprimento do decreto estadual poderia ameaçar suas licenças de atuação no município. De acordo com a assessoria de imprensa do município, a prefeitura “se comprometeu em seguir tentando sensibilizar o Governo do Estado para acelerar a volta das atividades do comércio no litoral ipojucano. Ipojuca tem apresentado índices de contaminação em queda e atingiu a marca de 29 dias sem óbito por covid-19”.
Também na última quinta, o governo estadual anunciou uma linha de crédito de R$ 3 mil para a categoria e a antecipação de suas atividades para a etapa 8 do Plano de Convivência com a covid-19. A Macrorregião I- que compreende Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife (RMR)- contudo, foram mantidas na etapa 7 e os trabalhadores seguem sem data para retorno. A categoria deseja que a volta ocorra no dia 31 de agosto.
Reunião
Ao Ministério Público, a prefeitura solicitou apoio para mediação do diálogo entre os trabalhadores e os poderes públicos municipal e estadual. A demanda foi acolhida e, nesta sexta (21), foi celebrada uma reunião, com a presença da Procuradoria do município, do secretário de Defesa Social do Ipojuca, Osvaldo Morais, do secretário de Meio Ambiente e Controle Urbano, Erivelto Lacerda, e dos presidentes das Associações dos Barraqueiros e dos Ambulantes, Gisélia de Lima Santos e Carlos Nunes de Souza, respectivamente.
Na ocasião, as associações informaram que entraram com uma ação civil pública contra o estado, que só será retirada quando for anunciada a data de liberação das atividades. Eles lembraram que estão há mais tempo sem renda, pois os barraqueiros do município foram os primeiros a parar, devido à interdição das praias do Ipojuca antes do decreto.