Comerciantes de Noronha sofrem sem turismo e criam petição
'A situação chegou ao limite', aponta a petição online, que pede o retorno da movimentação de turistas para aquecer a economia local
Considera um dos destinos paradisíacos mais procurados por turistas de todo o mundo, Fernando de Noronha está praticamente com a economia congelada há cerca de cinco meses. Devido à pandemia, o aeroporto segue fechado para visitantes e os comerciantes locais, que vivem da atividade turística, criaram uma petição online para pressionar a Administração.
Publicada nessa quarta-feira (19), a campanha reforça que 95% da população tem o turismo como fonte de renda e estipulou a meta de três mil assinaturas para encaminhar a solicitação ao administrador da ilha, Guilherme Rocha. A intenção é que o gestor indique uma data para a reabertura, pois "a situação chegou ao limite", aponta a publicação.
A vendedora Jandcleia Silva, de 25 anos, trabalha no aeroporto e conta que precisou retornar para casa de familiares, em Natal, no Rio Grande do Norte, para fugir do alto custo de vida em Noronha. "99,9% dos moradores está cobrando essa volta e eles não falam nenhuma previsão, e tá todo mundo desesperado para voltar a trabalhar", relata.
"Os únicos estabelecimentos que estão abertos são os supermercados mesmo, por que o resto tá tudo fechado. Alguns restaurantes tão fazendo delivery, mas só a noite", complementa.
Ela aposta no sucesso da petição, que já acumula 2.100 assinaturas. Por isso, já marcou o retorno para casa no dia 5 de setembro e pretende retornar ao trabalho o quanto antes. O boletim epidemiológico emitido no último dia 8 informa que restam quatro pacientes da Covid-19 em isolamento domiciliar e nenhum registro de óbito.
A reportagem do LeiaJá questionou a Administração do arquipélago e a Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco para saber se há de fato uma data para que os turistas estejam liberados para voltar a Noronha e aquecer o comércio. Até o momento da publicação não obtivemos resposta.