Pernambuco passa a oferecer DIU hormonal gratuitamente

A Secretaria de Saúde só disponibilizava DIU de cobre às mulheres como uma alternativa contraceptiva

por Jameson Ramos qui, 06/08/2020 - 13:52
Ministério da Saúde/Divulgação O plano é expandir a colocação do sistema intrauterino em Pernambuco Ministério da Saúde/Divulgação

Como uma alternativa aos procedimentos de histerectomia, que é a remoção de parte ou total do útero, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) passará a ofertar, além do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, o sistema intrauterino (SIU) de levonorgestrel, mais conhecido como DIU hormonal.

Esse sistema será indicado para pacientes diagnosticadas com endometriose, dor pélvica crônica, tumores uterinos, sangramento uterino anormal, além de mulheres que convivem com alguma cardiopatia grave.

A ginecologista e gestora pública da SES-PE, Letícia Katz, revela que o número de histerectomia vem aumentando no SUS ao longo dos anos e a inserção do DIU hormonal pode diminuir as indicações cirúrgicas. "Reduz riscos das cirurgias e os gastos do Estado com este tipo de procedimento. Já as mulheres com cardiopatias graves, que têm contraindicação à gravidez e não querem realizar a laqueadura, poderão prevenir uma gestação de alto risco”, explica.

Inicialmente, a inserção será restrita ao ambulatório especializado do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), absorvendo, neste primeiro momento, a demanda das pacientes acompanhadas no próprio serviço. A proposta é expandir, ao longo dos próximos meses, a iniciativa para as demais macrorregiões de Saúde.

O sistema intrauterino de levonorgestrel, além de ser um método contraceptivo com cerca de 99% de eficácia, é um dispositivo de longa duração (dura, em média, de 5 anos) que beneficia as mulheres com patologias uterinas. Com poucos centímetros de comprimento e em formato de ‘T’, o DIU hormonal possui 52mg do hormônio levonorgestrel e libera, inicialmente, 20mcg/24horas da substância no útero. 

Dessa forma, impede a gravidez e atua no alívio dos sintomas de diversas doenças. A inserção é feita no próprio consultório, sem necessidade, na grande parte dos casos, de anestesia.

*Com informações da assessoria

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