Ao menos 11 civis morrem em protestos no Mali
Desde a sexta-feira, Bamaco vive um clima de violência
Ao menos 11 civis morreram nas manifestações que sacodem Bamaco desde a sexta-feira, anunciou neste domingo uma fonte do serviço de emergências de um grande hospital da capital do Mali. "Entre sexta e o meio-dia de domingo contabilizamos 11 falecidos", afirmou à AFP a fonte, que pediu anonimato.
Desde a sexta-feira, Bamaco vive um clima de violência e neste domingo, o imã Mahmud Dicko, líder da coalizão que pede uma mudança no poder no Mali, fez um apelo à calma de seus partidários. "Volto a pedir à juventude maliense que demonstre moderação e calma", declarou à AFP.
Os distúrbios civis são os mais importantes em anos na capital, que até agora tinha evitado a violência jihadista e intercomunitária registrada no norte e no centro do país.
No sábado, as forças de segurança usaram munição letal contra os manifestantes, afirmaram diversas testemunhas. Os confrontos foram especialmente violentos ao redor da mesquita onde prega o imã Dicko, considerado o idealizador dos protestos.
O Movimento de 5 de Junho, formado por líderes religiosos, políticos e da sociedade civil, pede, entre outras coisas, a dissolução do Parlamento e a saída do presidente Ibrahima Boubacar Keita, no poder desde 2013.