PE: novas mortes reafirmam a ágil proliferação da Covid-19

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), 92% da capacidade de internação já foi alcançada

por Victor Gouveia seg, 27/04/2020 - 08:41
Pixabay A contabilização de óbitos avança do Litoral ao Sertão Pixabay

Divididas em nove municípios de Pernambuco, as 34 novas mortes confirmadas por Covid-19 neste domingo (26) apresentam o potencial de disseminação da doença e a extensão a qual ela já atingiu no Estado. Além da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão foram afetados, aponta o boletim emitido pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES).

Com idades entre 48 e 93 anos, 18 homens e 16 mulheres representam as novas mortes no Estado. Os pacientes faleceram entre os dias 7 e 25 de abril nos municípios do Recife (20), Jaboatão dos Guararapes (7), Olinda (1), Paulista (1), Goiana (1), Pombos (1), Bom Jardim (1), Frei Miguelinho (1) e Terra Nova (1). Eles elevaram para 415 o registro de óbitos em Pernambuco.

A investigação das mortes prossegue, mas 23 deles apresentavam comorbidades que impulsionaram o agravamento da infecção. De acordo com os históricos, eles sofriam de hipertensão (13), diabetes (8), obesidade (1), sequela de AVC (1), doença cardíaca (2), doença renal (3), cardiopatia (5), epilepsia (1), asma (1), Parkinson (1) e doença cardiovascular crônica (1).

Embora as mulheres lideram os diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), são os homens que menos resistem às complicações respiratórias no Estado. Das 415 mortes, 227 foram de homens, o que representa a parcela de 54,7%. Enquanto 188 mulheres já morreram pela doença, complementando em 45,3%.

A SES também informou 4.898 casos confirmados. Dos considerados graves, 1.864 estão em isolamento domiciliar e 790 estão internados, sendo 192 em UTI e 598 em leitos de enfermaria. Em relação a capacidade de internação, 92% dos leitos estão ocupados por pacientes que apresentam os sintomas característicos da pandemia. Os de enfermaria já atendem em 86% da capacidade e os de UTI em 98%.

COMENTÁRIOS dos leitores