Manifestações contra o confinamento se multiplicam nos EUA
Dezenas de opositores das medidas de quarentena se reuniram nesta quinta-feira (16) em frente ao Capitólio de Richmond, sede do governo do estado da Virgínia
As medidas de confinamento para conter a pandemia do novo coronavírus são difíceis de suportar para alguns americanos que realizaram nesta semana manifestações contra as restrições e em apoio ao presidente Donald Trump, ansiosos por reativar a economia do país.
Dezenas de opositores das medidas de quarentena se reuniram nesta quinta-feira (16) em frente ao Capitólio de Richmond, sede do governo do estado da Virgínia. Eles estavam protestando contra a extensão até 8 de maio de um decreto de emergência sanitária que fechou muitas empresas e proibiu as reuniões de mais de dez pessoas para impedir a epidemia do novo coronavírus.
No dia anterior, cerca de 3.000 pessoas fizeram uma carreata em Lansing, capital do estado de Michigan, desafiando o decreto de confinamento emitido pela governadora democrata Gretchen Whitmer. A iniciativa, organizada por uma coalizão de grupos conservadores chamados "Residentes de Michigan contra quarentena excessiva", causou um congestionamento no centro da cidade.
Centenas de pessoas se reuniram do lado de fora do prédio do governo, exibindo placas "Fim ao confinamento", "Queremos trabalhar" ou "Viva livre ou morra". Grupos carregando armas automáticas e coletes à prova de balas se misturavam com famílias que vieram protestar contra as medidas implementadas até 30 de abril.
Eles criticaram, em particular, o fechamento de negócios considerados "não essenciais", que mergulharam os proprietários e funcionários dessas lojas na crise. Outros compararam Whitmer a Adolf Hitler. Duas queixas foram apresentadas aos tribunais por violação da Constituição.
"Podem ficar bravos", disse a governadora democrata na CNN na quinta-feira. "Se eles se sentem bem em me atacar, tudo bem", afirmou Whitmer, dirigindo-se aos manifestantes. Ela declarou que entende aquelas pessoas que "ficam um pouco loucas por ficar em casa" e que se preocupam "com o trabalho ou como pagar as contas".
"O lamentável é que estar do lado de fora tem mais chances de espalhar a Covid-19", que deixou 1.900 mortos neste estado industrial, que possui um dos maiores numeros de falecimentos no país. A maioria dos residentes de Michigan acredita, no entanto, que Whitmer está administrando bem a crise.
Outros protestos para encerrar o confinamento ocorreram nos últimos dias na Carolina do Sul, Kentucky e Ohio. Iniciativas semelhantes foram convocadas para sábado em Concord, New Hampshire e Austin, Texas.