Baixada Santista: bombeiros encontram mais um corpo
Número de mortes chega a 42; 36 pessoas seguem desaparecidas
Mais um corpo foi encontrado neste domingo (8) no sexto dia de buscas por pessoas que foram soterradas após deslizamentos ocorridos no temporal que atingiu a região da Baixada Santista, na noite da última segunda-feira (2). Com isso, já são 42 as vítimas encontradas sob os escombros. Há ainda 36 desaparecidos. As buscas, neste domingo, ocorrem somente na cidade do Guarujá, pois não há mais desaparecidos em Santos e em São Vicente.
Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, a cidade do Guarujá, a mais atingida pelas chuvas, é a que concentra o maior número de vítimas: 31 mortos e 36 desaparecidos. Em Santos foram oito mortes e, em São Vicente, três. O número de desabrigados soma 329 pessoas no Guarujá e 185 em Santos.
Até este momento foram disponibilizadas 30,5 toneladas de materiais de ajuda humanitária para os municípios afetados. Além disso, foram disponibilizados equipamentos de proteção individual (luvas de raspa e capacetes) e baldes para o mutirão de voluntários que está atuando em apoio às equipes de salvamento no Guarujá. As equipes do Instituto Geológico e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) reforçam as equipes técnicas municipais nas avaliações das áreas afetadas e no monitoramento do risco nos locais de buscas.
Desde ontem (7), também há 40 militares, sendo 30 do Exército e 10 da Aeronáutica, atuando no Guarujá para reforçar o trabalho de triagem de donativos e assistência, organizando os kits e ajudando na sua distribuição, além de reforçar a segurança na região.
Na última quarta-feira (4), o governador João Doria homologou os decretos municipais de situação de calamidade pública no Guarujá e de situação de emergência em Santos e em São Vicente. No dia seguinte, os decretos foram reconhecidos de forma sumária pelo governo federal, ou seja, antes mesmo que a solicitação do município fosse oficializada, e publicados no Diário Oficial da União.
Com essa medida, informou o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), as localidades poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas danificadas.