Ônibus: sindicatos apontam ilegalidade e cobram promessas
Mesmo com a promessa de congelamento da tarifa, a Frente de Luta pelo Transporte Público vai brigar por melhorias no sistema
Na manhã desta sexta-feira (17), a Frente de Luta pelo Transporte Público se contrapôs a fala do governador Paulo Câmara em relação ao congelamento da tarifa de ônibus em 2020 e criticou a postura do Estado diante do controle do sindicato das empresas rodoviárias. Um ato marcado para a próxima segunda (20) cobrará promessas feitas pelo gestor pernambucano.
"Já faz sete anos que tivemos a licitação do transporte público e só dois lotes [de um total de cinco] foram assinados, ou seja, o pernambucano está pagando por um serviço que não tem regulação jurídica", afirmou o coordenador da frente Pedro Joseph, ao calcular que 75% da frota roda ilegalmente. A operação efetiva do BRT também faz parte das exigências.
Outro ponto que culminará em ação judicial refere-se ao controle da bilhetagem eletrônica pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE). A frente destaca que, mesmo sendo subsidiada pelo Estado, falta transparência em relação aos lucros da operação, classificando-os como "empresários sanguessugas".
O representante também elencou medidas que serão propostas ao Conselho Superior de Transporte Metropolitano. Uma delas trata-se da promessa de tarifa única no Grande Recife, com a extinção dos anéis B e G já neste ano. O grupo ainda pede a suspensão da demissão dos cobradores e o fim da validade nos créditos do VEM.
Com críticas ao metrô, Pedro Joseph relatou que o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Urbana somam uma dívida de, aproximadamente, R$ 100 milhões para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Logo, entende que as empresas de ônibus são beneficiadas sem a devida contrapartida.
A reunião com o conselho está prevista para o próximo dia 31. Porém, um ato programado para esta segunda (20), na Avenida Guararapes, área Central do Recife, pretende mobilizar os usuários do transporte para pressionar um diálogo com o Governo do Estado. A frente não descarta futuras manifestações.