EUA defende novas soluções diplomáticas para Síria
A guerra civil na Síria, já em seu nono ano, deixou mais de 370 mil mortos e milhões de deslocados
Os Estados Unidos defenderam nesta quinta-feira novas iniciativas diplomáticas para a paz na Síria, após quase um ano e meio de esforços para formar um comitê constitucional.
A campanha da ONU para estabelecer um comitê encarregado de redigir a Constituição síria do pós-guerra não avançou devido a divergências com o governo do presidente Bashar Al Assad sobre a composição do órgão.
O plano previa a participação de representantes da oposição e da sociedade civil nas negociações.
O embaixador dos Estados Unidos Jonathan Cohen disse ao Conselho de Segurança que a formação do comitê constitucional parece "fora de alcance".
"Chegou o momento de o Conselho orientar o enviado especial Pedersen a tentar outros caminhos visando uma solução política", declarou Cohen.
O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, havia comunicado ao Conselho sua esperança de encaminhar os detalhes para a formação do comitê em um futuro próximo.
A formação do comitê foi acertada em uma conferência na Rússia em janeiro de 2018.
Os Estados Unidos avaliam que Pedersen deveria se concentrar na realização de eleições nacionais na Síria, com a participação dos refugiados, na libertação dos presos e no estabelecimento de um cessar-fogo em todo o país.
O embaixador da Rússia, Vladimir Safronkov, disse que Moscou esperava um "grande progresso" na criação do comitê, após as recentes conversações entre funcionários russos e sírios.
Apoiada por Rússia e Irã, as forças de Al Assad recuperaram o controle da maior parte do território nacional e agora concentram seus esforços na região de Idlib, no noroeste.
A guerra civil na Síria, já em seu nono ano, deixou mais de 370 mil mortos e milhões de deslocados.