Quem nunca contou uma mentira que atire a primeira pedra. Têm aqueles que não admitem, mas as mentiras estão tão associadas à história da humanidade que até ganharam uma data comemorativa. Celebrado em 1º de abril, o Dia da Mentira sempre rende boas pegadinhas com os amigos e familiares, e hoje não é mais visto com maus olhos. Para descobrir algumas “invenções” dos recifenses, o LeiaJá foi até o Centro e conseguiu arrancar boas histórias. Além disso, a equipe conversou com um historiador que esclareceu a origem desta data celebrada em todo ocidente.

A verdade sobre a origem do dia da mentira

A comemoração do Dia da Mentira começou no século XVI, com a adoção do calendário gregoriano pelos franceses. "O novo calendário buscava adequar o ano civil ao ano natural por conta da defasagem de tempo do calendário anterior, o juliano", explicou o Professor Doutor em História Wagner Geminiano. Até então, o país comemorava o fim de ano durante uma semana, em uma festa que começava no dia 25 de março, marcado pelo o início da primavera no hemisfério norte, até o dia 1º de abril.

Após a oficialização do novo anuário pelo Rei Carlos XI, alguns franceses resistiram a mudança e continuaram a seguir o antigo calendário. Com a modificação, alguns passaram a ridicularizar quem ainda comemorava a antiga data, inventando mentiras, enviando presentes esquisitos e falsos convites para festas que nunca existiram." Essa tentativa de ajustar o calendário civil ao ano natural produziu certa insatisfação. O calendário gregoriano traz um novo modo de marcar o tempo, não mais regido pela concepção religiosa, mas por uma concepção científica de mundo", descreveu o historiador. Após três anos da oficialização pelos franceses, a Inglaterra também adotou a nova data e esse costume se espalhou por todo do mundo ocidental.

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