Servidor público cobrava propina para antecipar cirurgias
Os valores contados variavam de acordo com o tipo de operação e a complexidade
Foi preso nessa terça (12) um servidor público suspeito de vender vagas para cirurgias na rede pública, em Goiás, cobrando até R$ 2 mil de pacientes para que eles não precisassem ficar na fila de espera.
As investigações começaram em setembro de 2018, quando uma mulher tentou obter uma vaga e não conseguiu. Eder Alves da Rocha, de 51 anos, foi preso em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele confessou ter cometido o crime.
O preso é funcionário comissionado da Prefeitura de Minaçu. Porém, não ficou comprovado que ele se utilizava desse cargo para cometer o crime. O delegado Rhaniel Almeida, responsável pela investigação, informou que Eder intermediava a realização de cirurgias, tanto eletivas quanto de urgência.
Os valores contados variavam de acordo com o tipo de operação e a complexidade. De acordo com o delegado, parte do dinheiro cobrado dos pacientes era repassado a funcionários das unidades em que os procedimentos seriam realizados.
A polícia identificou quatro servidores até o momento como auxiliares no esquema. “Ele tinha contatos com funcionários de Cais de Goiânia, que conseguiam fazer essa alteração na fila”, disse.
O investigado responderá pelo crime de corrupção ativa e pode ser enquadrado em outros delitos eventualmente comprovados na investigação.
Com informações da Polícia Civil de Goiás