China: ex-Ministro é condenado à prisão perpétua
De acordo com o tribunal chinês, o veredicto motivado pelo envolvimento do ex-funcionário da polícia secreta em acordos comerciais “coercitivos”, aceitar subornos e transações com informações privilegiadas
Foi condenado à prisão perpétua o ex-vice-Ministro da Segurança Estatal da China. Nesta quinta-feira (27), Ma Jian recebeu o veredicto motivado pela participação em acordos comerciais “coercitivos”, aceitar subornos e transações com informações privilegiadas, segundo o tribunal chinês.
O ex-funcionário da polícia secreta da China é uma das autoridades de segurança do alto escalão que foi presa desde que o ex-chefe de Segurança Nacional, Zhou Yongkang, se envolveu em um escândalo de corrupção que resultou em sua prisão perpétua em 2015.
De acordo com a agência Reuters, a condenação de Ma está relacionada ao caso do fugitivo mais procurado do país. Atualmente exilado em Nova York, o magnata Guo Wengui atraiu a atenção internacional ao fazer críticas sobre a gestão do Partido Comunista.
Em comunicado, o Tribunal Popular de Intermediação de Dalian informou que o veredicto veio após a confirmação do recebimento de uma quantidade “particularmente enorme” de subornos ao acusado, além do fato dele colaborar com a empresa de Guo de modo “particularmente grave”. De acordo com as investigações, Ma utilizou o alto cargo para conspirar com o magnata e efetuar transações ilegais através de ameaças.
Segundo o tribunal, o ex-funcionário da segurança chinesa recebeu mais de 100 milhões de iuanes, equivalente a 14,56 milhões de dólares, em propriedades e lucrou quase cinco milhões de iuanes ao negociar ações com informações privilegiadas. De acordo com a corte, o réu aceitou a decisão e não vai entrar com recursos.
Relembre o caso
Com a promessa de extinguir a corrupção e a ameaça ao controle do partido, o Presidente Xi Jinping assumiu, em 2012, e logo deu início à investigação de dezenas de autoridades do alto escalão, o que rendeu algumas prisões. Ma Jian também passou a ser investigado e foi expulso do Partido Comunista no ano seguinte, depois da acusação de interferir em atividades de aplicação da lei não especificadas.