Negada soltura de turista acusado de racismo em museu

O americano teria um histórico de ofensas racistas no Rio de Janeiro

ter, 18/12/2018 - 10:13
Alexandre Araújo/Museu de arte do Rio Barrow se negou a ser atendido por funcionários negros no Museu de Arte do Rio Alexandre Araújo/Museu de arte do Rio

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) negou habeas corpus ao americano Antony Barrow. Ele está preso desde setembro, acusado de racismo contra funcionários negros do Museu de Arte do Rio (MAR).

Durante visita ao museu, o turista negou receber atendimento de funcionários negros, falando expressões como “no quiero negros” e “no blacks”. Ele teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia em outubro.

Segundo o jornal O Globo, os funcionários do MAR não foram os únicos atacados por insultos racistas pelo americano. Antony também teria dito "No niggers" ("negros não!", quando um funcionário negro de um estúdio de tatuagem no Rio foi atendê-lo. A palavra "nigger" é uma forma extremamente racista de se referir a pessoas negras, tanto que comumente se referem a ela apenas como "the n word" (a palavra com N). No estúdio, ele continuou repetindo as mesmas ofensas sempre que via uma pessoa negra no catálogo de tatuagens.

No centro do Rio de Janeiro, outras pessoas foram ofendidas por Barrow, garantiu o homem do estúdio de tatuagem. Na própria delegacia, o americano insultou um policial negro. O caso está sob segredo de justiça.

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