Greve continua e rodoviários ameaçam fechar ruas de Belém

Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus da região metropolitana chega ao quinto dia. Escolas públicas e particulares estão sem aulas. Transportes alternativos tomam conta do trânsito.

por Antônio Carlos seg, 23/04/2018 - 11:36

No quinto dia de paralisação, os rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba partiram para a radicalização. Em assembleia geral na manhã desta segunda-feira (23), a categoria decidiu descumprir ordem judicial que determinou a volta ao trabalho e manteve a greve que começou na última quinta-feira (19). Na Região Metropolitana da capital paraense, estima-se que um milhão de pessoas estão sem transporte público.

Na última sexta-feira (20), a Justiça do Trabalho considerou a greve abusiva e aplicou multa de R$ 10 mil por dia ao sindicato dos trabalhadores rodoviários caso a frota de ônibus não retornasse às ruas. Em protesto, motoristas e cobradores de ônibus anunciaram o fechamento das principais vias de Belém a partir da rodovia BR-316, porta de entrada da cidade.

Os grevistas pedem 10% de reajuste salarial, R$ 700,00 em tíquete alimentação e redução da carga horária de trabalho para seis horas diárias. O sindicato dos empresários, Setransbel, oferece entre 1,5% e 1,6% de reajuste.

Várias empresas estão com as garagens bloqueadas. Veículos que tentam sair do local têm os pneus esvaziados.

O impasse mudou a rotina da população. Vans, táxis, mototáxis, motoristas de aplicativos e até linhas clandestinas de ônibus tentam suprir a ausência dos coletivos. Aulas em escolas públicas e particulares estão suspensas e o comércio teve expressiva diminuição no movimento. No fim de semana, a frequência de torcedores nos jogos de Remo e Paysandu pelo Campeonato Brasileiro caiu por causa da greve e as rendas diminuíram em relação ao normal. Não há previsão de acordo para as próximas horas.

LeiaJá também:

Greve deixa Região Metropolitana de Belém sem ônibus

 

COMENTÁRIOS dos leitores