Dólar sobe com fortalecimento da divisa no cenário externo

Ao final dos negócios, marcou R$ 3,2514

| qui, 01/03/2018 - 19:10
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O dólar iniciou março com alta, em um movimento mais uma vez determinado pela influência do mercado de câmbio internacional. A forte desvalorização do petróleo e das bolsas americanas e as incertezas quanto à política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pesaram nos negócios nesta quinta-feira, 1, e trouxeram volatilidade e aversão ao risco. Com isso, o dia foi de alta do dólar ante a maioria das moedas emergentes, incluindo o real. O noticiário doméstico foi considerado neutro, tendo como principal destaque os dados de PIB, que mostraram crescimento econômico de 1% em 2017, após dois anos de retração da economia.

Em meio à volatilidade no mercado externo, o dólar à vista oscilou em um intervalo de 3 centavos, entre a mínima de R$ 3,2387 (-0,09%) e a máxima de R$ 3,2716 (+0,93%). Ao final dos negócios, marcou R$ 3,2514, com ganho de 0,31% ante o real.

Principal expectativa do dia, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no comitê bancário do Senado dos EUA, manteve o tom da última terça-feira. Ele disse que não há evidências neste momento de que a economia dos EUA está se aquecendo demais. Entretanto, enquanto Powell defendia a manutenção do gradualismo na política monetária nos EUA, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou em evento em São Paulo que quatro elevações de juros ao longo deste ano ainda seriam um aperto "gradual".

Outro destaque da tarde foi a informação de que o presidente dos EUA, Donald Trump, irá impor tarifas sobre aço e alumínio importados na próxima semana. A notícia gerou piora nos mercados de Nova York e afetou também o desempenho dos mercados emergentes.

"Diante da neutralidade de eventos no Brasil, o que determinou a trajetória do câmbio foi o exterior, onde há uma intensa discussão técnica sobre os níveis dos juros e do dólar", disse Pedro Paulo Silveira, economista da Nova Futura corretora.

O profissional ressalva que a economia doméstica segue dando sinais de crescimento que, embora modestos, são consistentes e trazem desdobramentos positivos para a política fiscal e monetária. "O PIB de 2017 não veio muito forte, mas mostrou componentes importantes. Mas em um dia em que houve aversão ao risco no exterior, não há como o Brasil escapar desse movimento", disse.

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