Rússia ignora resolução que pedia cessar-fogo na Síria
A ideia era também apoiada pela maioria do Conselho de Segurança da ONU e tinha o objetivo de permitir a entrada de ajuda humanitária na região de Ghouta
Uma resolução da Rússia descartou uma proposta de cessar-fogo imediato de 30 dias na Síria, apresentado pela Suécia e pelo Kuwait. A ideia era também apoiada pela maioria do Conselho de Segurança da ONU e tinha o objetivo de permitir a entrada de ajuda humanitária na região de Ghouta, reduto rebelde que tem sido fortemente combatido pelo exército de Bashar Assad. Centenas de pessoas já morreram com os ataques, conforme ONGs e observatórios de defesa dos direitos humanos.
Apesar do pedido, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, apresentou alterações na resolução, dizendo que ela era "simplesmente não realista". As alterações da Rússia excluem o cessar-fogo imediato e, em vez disso, exigem que todas as partes "parem as hostilidades o mais rápido possível" e "trabalhem para uma destruição imediata e incondicional da violência". Vários diplomatas analisaram o rascunho russo. Sob condição de anonimato, disseram que ele era inaceitável.
Nebenzia acusou os meios de comunicação globais de fazerem uma campanha de desinformação. Os veículos teriam ignorado todos os milhares de combatentes, incluindo alguns ligados à Al-Qaeda, que estavam bombardeando Damasco a partir da área leste de Ghouta e se refugiando em hospitais e escolas.