Homem é preso com carros furtados da nova fábrica da Jeep
Suspeito contou que teria comprado os três carros ilegalmente por R$ 40 mil e revenderia por R$ 70 mil
A Polícia Civil do Estado (PCPE) divulgou, na manhã desta sexta-feira (11), a prisão de um homem suspeito de integrar um esquema de furto de veículos modelo Renegade da fábrica da Jeep, em Goiana, na Mata Norte do Estado. Na investigação da Delegacia de Roubos e Furtos, além de Rodrigo Siqueira de Lima, de 33 anos, mais duas pessoas estão envolvidas nos furtos dos veículos, incluindo um ex-chefe de produção da fábrica, que facilitaria a saída dos automóveis para um terceiro, responsável por repassar os carros.
De acordo com informações do delegado Eduardo Aniceto, à frente do caso, os crimes aconteciam porque o funcionário conhecia a rotina da empresa e sabia de uma falha na segurança e no controle de saída de veículos da fábrica. "Ele conseguia acessar locais que só pessoas de confiança podiam ir. Por isso teria se aproveitado do cargo para retirar esses veículos do local e repassar para um intermediário que faria a venda ilícita dos carros", explicou. A polícia Civil ainda não concluiu o inquérito e continua investigando a participação de outros funcionários da empresa no esquema.
O delegado contou que a fábrica ainda não sabe quantos carros foram furtados, mas já avalia que esse número pode chegar a aproximadamente dez. Com a investigação, três deles foram localizados pela polícia estacionados em uma padaria no bairro da Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife.
A localização dos veículos ocorreu após um policial suspeitar de um homem que compareceu a Delegacia de Roubos e Furtos querendo informações de como faria para cadastrar um carro que não havia sido cadastrado na fábrica. Desconfiado, o policial percebeu que o veículo não tinha nenhum cadastro no sistema do órgão de trânsito, podendo ter sido obtido de maneira ilegal.
Em uma abordagem inicial, a polícia conseguiu prender o receptador Rodrigo Siqueira na quarta-feira (9). Em depoimento, ele afirmou que era o responsável por cadastrar e vender os carros furtados. "O suspeito contou que teria comprado os três carros por R$ 40 mil e revenderia por R$ 70 mil", afirmou o delegado.
Os outros dois suspeitos de participação no esquema de furto negaram envolvimento no crime, mas com a investigação podem responder por furto qualificado, adulteração de veículo e associação criminosa. Rodrigo, o receptador, foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel) e deve cumprir pena por receptação, adulteração de veículo e associação criminosa.