Justiça de Portugal rejeita libertar ex-premiê Sócrates
Sócrates é acusado, entre outras coisas, de ter favorecido as empresas de seu amigo de infância Carlos Santos Silva, que assinaram vários contratos com o Estado português
O Supremo Tribunal português rejeitou, nesta segunda-feira (16), um novo pedido de "libertação imediata" do ex-premiê José Sócrates, em prisão preventiva desde 24 de novembro por corrupção, ao considerar que a solicitação "carece de fundamento".
A justiça portuguesa indeferiu, assim, a petição dos advogados do ex-dirigente socialista, que consideraram sua prisão "ilegal, injusta e injustificada". O ex-primeiro-ministro, de 57 anos, foi detido em 21 de novembro de 2014 no aeroporto de Lisboa e a notícia comoveu Portugal.
Três dias depois, foi denunciado por fraude fiscal com agravante, corrupção e lavagem de dinheiro, e foi detido na prisão de Évora (sudeste), um estabelecimento reservado a militares, policiais ou magistrados.
O juiz de instrução Carlos Alexandre justificou a prisão preventiva para o ex-chefe de governo, que comandou Portugal entre 2005 e 2011, pelo risco de fuga e obstrução das investigações.
Sócrates é acusado, entre outras coisas, de ter favorecido as empresas de seu amigo de infância Carlos Santos Silva, que assinaram vários contratos com o Estado português.
Em dezembro, o Supremo Tribunal já tinha negado um pedido de liberdade de Sócrates, antes de rechaçar outros quatro.