Deputados vivem mais que chefes de Estado, diz estudo
Os resultados, no entanto, dizem respeito quase que exclusivamente a países europeus, Estados Unidos e Canadá
| ter, 15/12/2015 - 11:02
Governar um país pode aumentar o risco de morte prematura, enquanto a atividade parlamentar permitiria viver por mais tempo, especialmente se o indivíduo é um lorde inglês, indicam dois estudos.
Em sua tradicional edição de Natal, na qual são publicados vários estudos curiosos, a revista The British Medical Journal mostra uma pesquisa americana que compara a idade da morte de 269 governantes de 17 países - entre 1722 e 2015 - com a de 261 candidatos que nunca foram eleitos.
Levando em consideração vários fatores (sexo, idade, expectativa de vida...), os pesquisadores concluíram que os líderes viveram, em média, 2,7 anos a menos que os candidatos derrotados.
Os governantes "têm uma mortalidade significativamente acelerada na comparação com os candidatos não eleitos", afirma o estudo. Os resultados, no entanto, dizem respeito quase que exclusivamente a países europeus, Estados Unidos e Canadá.
Em outro estudo publicado na mesma edição, pesquisadores britânicos analisam a mortalidade de quase 5.000 integrantes das duas câmaras do Parlamento britânico, comparada com a da população do país, entre 1945 e 2011.
Eles descobriram que a taxa de mortalidade dos deputados era 28% inferior a da população em geral, e inclusive de 38% quando são considerados apenas os integrantes da Câmara dos Lordes, cujos cargos podem ser vitalícios.