O ensino superior (graduação) e pós superior (pós-graduação lato e estrito sensu) , nível mais elevado do sistema educativo, assim como o ensino técnico, é de extrema importância para o desenvolvimento de uma nação. Através do ensino superior e técnico, os países qualificam a mão de obra imprescindível para a libertação e soberania de seu povo. Oferecido, normalmente, em universidades, centros-universitários, faculdades e escolas técnicas, confere graus acadêmicos ou diplomas profissionais.
Com o aumento da demanda e as poucas vagas oferecidas no ensino superior público, o sistema universitário privado cresceu rapidamente nas últimas décadas. O Censo da Educação Superior 2013, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2014, registrou mais de 7,5 milhões de estudantes matriculados em instituições de ensino superior.
Desse total, aproximadamente 71,4% dos alunos estão vinculados a instituições de ensino superior privadas. Outra curiosidade é que, dentre os estados brasileiros, apenas cinco têm mais alunos matriculados em instituições públicas do que em instituições privadas: Santa Catarina, Paraíba, Tocantins, Pará e Roraima. Em contrapartida, São Paulo, o coração econômico do Brasil, contabiliza cinco matriculados na rede privada para cada aluno que frequenta a rede pública.
Nos últimos 12 anos, passamos por uma revolução na educação superior no nosso país. Se antes, cursar uma faculdade era um sonho distante para muitos. Agora, ser doutor, advogado e/ou engenheiro é realidade para os menos favorecidos. Grande parte desses sonhos foram realizados graças as parcerias público privadas, com a implementação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e outros programas que, juntos, deram oportunidade para as classes C e D ingressarem no ensino superior.
Vale ressaltar que todo esse processo fez parte do programa de aceleração de expansão do Brasil, com forte inclusão e preocupação com melhoria de qualidade nos cursos superiores. Um importante passo no resgate da dignidade de milhões de brasileiros que não tinham perspectiva de melhorar sua situação econômica e, graças à formação superior, tiveram esta oportunidade.
Ainda estamos distantes de atingir as metas propostas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Somos um país de 200 milhões de habitantes, sendo que, dos 24 milhões de jovens em idade universitária (18 a 24 anos), somente 15% deles frequenta o Ensino superior. É um dos menores índices entre países com o porte econômico semelhante ao nosso e muito aquém dos principais parceiros ou competidores no cenário internacional.
É pensando nesses resultados que verificamos a importância do Fies. Apenas com o aumento do índice de formandos no nível superior é que poderemos construir de um novo cenário no Brasil, com mais diversidade e a participação de todas as classes sociais. É preciso garantir que todos os brasileiros tenham oportunidades iguais para ajudar a construir um país cada vez melhor.
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