200 milhões de brasileiros

Janguiê Diniz, | ter, 03/09/2013 - 16:07
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Uma nova contagem do IBGE revelou que o Brasil ultrapassou 201 milhões de pessoas. E seremos muito mais até 2042, quando a expectativa é que o país tenha 228 milhões de habitantes. Muito mais que os 90 milhões em ação, consagrados nos anos 70, dizia a velha música “Pra frente Brasil”, composta por Miguel Gustavo.

Algumas características não são mais novidades: a maioria dos brasileiros são mulheres. Em contrapartida, percebeu-se que a população sofreu um envelhecimento, resultado do aumento da expectativa de vida e queda da natalidade, já que as brasileiras estão tendo menos filhos e sendo mães cada vez mais tarde.

Ainda segundo informações do IBGE, São Paulo é o estado mais populoso, com 43,6 milhões de residentes. Em seguida está Minas Gerais, com 20,5 milhões, e o Rio de Janeiro, com 16,3 milhões. A Bahia é o quarto mais populoso, com 15 milhões de pessoas e Roraima tem o menor número registrado no país, 488 mil moradores.

Se por um lado o crescimento da população é resultado da queda da mortalidade infantil, da diminuição das epidemias e do aumento da expectativa de vida, por outro, o contínuo aumento pode ter consequências negativas – e não podemos pensar apenas na escassez de água e alimentos, já que, na verdade, os alimentos estão mal distribuídos em todo o planeta.

O Brasil tornou-se um país urbano, isso significa dizer que mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. Essa mudança foi resultado dos processos de industrialização e de urbanização, que estão intimamente ligados, já que as indústrias eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. E assim começaram a surgir os problemas.

O crescimento desordenado da população, quando concentrado nas regiões urbanas, resulta em problema infraestruturais, como falta de saneamento, pouco acesso à saúde e educação, além do aumento da poluição. Acrescente nesta lista o número de desempregados, visto que a demanda é maior que as oportunidades e o número de desabrigados, já que sem renda não é possível manter uma moradia.

Antes de comemorarmos o aumento da população, devemos pensar em melhorar as condições de vida desses brasileiros. Incentivar a interiorização das indústrias é apenas o ponto de partida para a mudança. O Brasil precisa de muitas reformas: política, econômica, tributária, educacional, trabalhista, previdenciária, etc. Crescimento só é positivo quando as condições são igualitárias para todos.

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