Mano Menezes: Um técnico de segunda

Luiz Mendes, | qua, 10/08/2011 - 19:00
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Uma multidão fazendo campanha para que você fique desempregado. Ninguém gostaria de passar por esta situação, mas ao aceitar assumir a seleção brasileira, Mano Menezes deveria imaginar que não teria vida fácil.Assumo ser um dos mais ferrenhos críticos do técnico gaúcho. E tenho meus motivos.

Ele não é um estrategista - quis apostar em uma equipe com três atacantes na Copa América deste ano para fazer o papel de técnico que joga ofensivamente. Não. Mais atacantes não significa ter um time mais agressivo na frente. Muitas vezes o 4-3-3 configura-se apenas uma equipe mais vulnerável.

Ele não decide coerentemente – Na mesma Copa América colocou como titular o questionado Jádson. O jogador marcou no primeiro tempo, conseguiu jogar razoavelmente e não voltou para a segunda etapa. E não jogou mais durante a competição.

Barrou da escrete canarinho o volante Hernandes, por uma entrada criminosa do jogador no amistoso contra a França. Lucas Leiva, que foi expulso na última partida da competição continental, teria vaga garantida no jogo de hoje se não estivesse suspenso.

O meia Douglas nunca mais voltou a seleção depois que perdeu uma bola no meio de campo no amistoso contra a Argentina e a jogada culminou no gol do atacante Messi, dando a vitória à equipe portenha. Hoje, André Santos fez uma jogada bisonha que resultou em um dos gols da Alemanha. Alguém dúvida que a camisa 6, que um dia já foi de Nilton Santos, permanecerá com o lateral-esquerdo preferido de Mano Menezes?

Lobby nas convocações – O treinador já foi acusado de dar preferência a jogadores agenciados pelo empresário Carlos Leite, quando ainda treinava o Corinthians. E parece que na seleção as coisas não mudaram. Jucilei e Carlos Eduardo já apareceram na primeira convocação de Mano, Além deles, André Santos (o “craque” da camisa 6) e Lucas Leiva foram mais dois jogadores do empresário levados à seleção. Fora isso, fica clara a preferência do treinador por atletas que já trabalharam com ele no Grêmio e no alvinegro do Parque São Jorge. Todos com futebol questionável. Tirando os já citados anteriormente, Elias, Ralph e Douglas fazem parte deste grupo.

Ele é de segunda – Foi a segunda opção da CBF. Com o não recebido de Muricy Ramalho, restou a Ricardo Teixeira recorrer ao gaúcho. Há quem diga que ele foi a terceira opção, já que Luís Felipe Scollari teria recusado antes de ser chamado. Os principais títulos de Mano, fora os estudais, são os da Copa do Brasil (vencido por vários times da série B) e dois títulos da segunda divisão nacional. Muito, mas muito pouco, na minha opinião, para ser treinador da seleção brasileira.

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