Quartas Intenções

Cristiano Ramos, | qua, 10/08/2011 - 08:27
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Nas quartas-feiras, a coluna Redor da Prosa traz mais intenções do que impressões. Dia de elencar leituras, eventos e outras coisas programadas.

Ler Alvo Noturno, do argentino Ricardo Piglia, que chega às prateleiras na próxima semana (pela Companhia das Letras, com 256 páginas). Crime, mistério, dialogismo; em outros autores, nada disso promete coisa além, são elementos bem rodados nas calhas editoriais, faz tempo. Mas Piglia é assunto outro, que requer texto separado, crítica mesmo. Era em escritores como ele que eu pensava, por exemplo, quando indaguei Cristovão Tezza (em evento) por que ele sempre repete que “os imitadores de Borges são horrorosos”. Creio que o problema está na imitação – ou melhor seria dizer no resultado da imitação – e não na fonte copiada. Sei montes de seguidores de Machado que nunca conseguiram melhor sorte.

Ir ao lançamento de O destino das metáforas, livro de contos de Sidney Rocha, em edição caprichada da Iluminuras (R$ 38,00 /114 págs.). Acontece hoje, às 19h00, na Livraria Cultura (Recife Antigo). Intenção que é dívida. Devo por conta da obra em questão, das conversas com o autor (que tanto tem me estimulado em reflexões recentes sobre os caminhos e possibilidades da crítica) e também das férias que não tive. É sempre descanso raro estar com os amigos.

Escrever sobre Faca, de Ronaldo Correia de Brito, para coluna futura. Prefiro este livro ao premiado romance do autor, Galiléia (vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, em 2011). E por razões opostas às qualidades que tantos veem na obra. Por enquanto, no papel rabisquei apenas dois parágrafos e o título: Sobre uma Faca pouco afiada. Como em O imperfeito, impreciso e bom livro de Sidney Rocha, acredito que as virtudes dos contos de Ronaldo não precisam nem podem surgir de lugares-comuns da crítica, como a “depuração da linguagem” e o “domínio da narrativa”.

Preparar o programa NotaPE, que será outra parceria com o portal LeiaJá. Coisa anda atrasada, mas ideia aparenta chances grandes de sucesso. Gravaremos talk show em teatro, com plateia, de modo que funcione como televisivo e também como evento sobre temas ligados à leitura, e não só à literatura.

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