Brasil terá dois novos surfistas no Circuito Mundial
Samuel Pupo e João Chianca conquistaram a vaga para fazer parte da elite e ambos, com 21 anos, estarão pela primeira vez no seleto grupo de 34 surfistas fixos que vão em busca do título mundial
A Tempestade Brasileira terá dois novos integrantes na disputa do Circuito Mundial de Surfe em 2022. Samuel Pupo e João Chianca conquistaram a vaga para fazer parte da elite e ambos, com 21 anos, estarão pela primeira vez no seleto grupo de 34 surfistas fixos que vão em busca do título mundial.
Curiosamente, os dois são grandes amigos e já vinham falando sobre a possibilidade de estarem juntos no Tour. Agora, vão realizar o sonho de competir na principal divisão do surfe mundial e mostrar a renovação da Brazilian Storm, o apelido que ganhou essa geração de ótimos surfistas nacionais como Gabriel Medina, Italo Ferreira, Filipe Toledo e Adriano de Souza, entre outros.
"Foi um longo caminho para chegar aqui. Apesar de ser novo ainda, estou competindo no QS desde os 15 anos, então foi bastante tempo para me qualificar e estou muito feliz agora", disse Samuca, reforçando a amizade com Chumbinho, como Chianca é conhecido. "A gente vinha conversando sobre isso, desde os nossos bons resultados na Europa, mas nem parece ser verdade", continuou.
Os dois são os caçulas de famílias de grandes surfistas. Samuca é filho de Wagner Pupo, um dos grandes nomes da modalidade no passado e exímio shaper de pranchas que mora em Maresias, no litoral paulista. Também é irmão mais novo de Miguel Pupo, que é da mesma geração de Medina e está há muitos anos na elite. "É um sonho estar no Circuito com meu irmão. Agora estou bem aliviado e sinto que posso surfar 100%."
Chumbinho, por sua vez, é filho de Gustavo Chumbão (o apelido do pai passou para toda família), um surfista carioca de Saquarema, e irmão de Lucas Chumbo, um dos principais nomes das ondas grandes da atualidade. O jovem é tido como uma das grandes revelações do surfe nacional, assim como Samuca, e festejou muito sua vaga para a elite. "Foi um ano muito longo, ao mesmo tempo muito corrido. Muitas coisas aconteceram, mas a gente conseguiu a tão esperada vaga", afirmou.
Tanto Samuca quanto Chumbinho já estiveram nas principais praias do Circuito Mundial, surfaram a maioria das ondas, e têm experiência de competição, seja pelo convívio familiar entre os profissionais ou pelos ótimos resultados nas categorias de base. Agora, garantidos na elite, vão poder mostrar todo o potencial que se esperava deles em cima da prancha.
A chegada da dupla também deixou o Brasil como o país que mais tem surfistas na elite masculina, com nove atletas, junto com a Austrália. Samuca e Chumbinho estarão ao lado do tricampeão mundial Gabriel Medina, do vice Filipe Toledo, do campeão olímpico Italo Ferreira, além de Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo. No feminino, Tatiana Weston-Webb será a única representante do País.