Arena onde Ney Silva fazia live é interditada pelo Procon
Quatro pessoas foram conduzidas para a delegacia por realizar o evento esportivo que envolvia mais de 200 pessoas, segundo o Procon
Após o término do desafio 1x1 transmitido no Instagram do narrador Ney Silva, na noite dessa segunda-feira (15), o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) conduziu quatro pessoas para a delegacia e interditou a arena onde ocorria o evento esportivo. Segundo o órgão, o local acomodava um público superior a 200 pessoas.
Os portões da Arena Tsunami, no Zumbi do Pacheco, Jaboatão dos Guararapes, estavam fechados e, logo em seguida, as luzes foram apagadas com a chegada da fiscalização. Os agentes perceberam muitas pessoas fugindo pelos fundos, inclusive crianças e adolescentes. Contudo, a Polícia Militar conseguiu deter 84 pessoas, muitas sem máscara.
O local descumpria regras das medidas restritivas do Governo do Estado, pois promovia futebol - só permitido para o profissional-, aglomeração de pessoas, muitas delas sem máscara e aberto após às 20h, elencou o Procon-PE.
Além do proprietário da Area Tsunami, dois organizadores e o responsável pela iluminação foram encaminhados à delegacia. Os dois jogadores envolvidos na partida, Vassoura e Daniel Futshow, bem como o próprio Ney Silva, serão notificados pelo órgão.
“O Governo de Pernambuco sozinho não irá por fim à pandemia no estado. Se as pessoas insistirem em não colaborar, a situação irá se agravar muito e não é por falta de aviso ou por falta de pedido de compreensão”, frisa o secretário de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico.
Conhecido como a Voz da Várzea, o narrador ganhou destaque entre personalidades do futebol nacional ao transmitir jogos amadores. Ele é um dos responsáveis pela criação da disputa um para um, na qual apenas dois jogadores - e seus respectivos goleiros - se desafiam com regras pré-definidas para alcançar o cinturão. No evento dessa segunda, ele beteu seu recorde de expectadores com mais de 115 mil pessoas em sua live.
Em contato com o LeiaJá, a assessoria do narrador preferiu não comentar sobre a ação do Procon-PE, nem sobre a continuidade dos eventos. "A gente não tem informação para dar", indicou.
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