Multa de Ronaldinho ajuda menina com doença degenerativa

Do R$ 1,1 milhão pago pelo craque e o irmão Assis, R$ 168 mil será para a campanha "Todos Somos Bianca", que luta pelo tratamento da criança paraguaia, considerado o mais caro do mundo

por Vitória Silva sex, 28/08/2020 - 11:30
Reprodução/Instagram Reprodução/Instagram

Após a soltura na última segunda-feira (24), o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis pagaram uma multa equivalente a R$ 1,1 milhão como ‘reparação social’ ao Paraguai. Uma parte desse valor, aproximadamente R$ 167 mil, será destinada à campanha #TodosSomosBianca, pelo tratamento de Bianca Patiño Maiz, uma paraguaia de um ano e sete meses que sofre de atrofia muscular espinhal (AME). O caso da menina é conhecido por todo o país.

A campanha foi iniciada nas redes sociais em dezembro do ano passado, pela família da menina, que se viu sem condições de arcar com o tratamento. O medicamento Zolgensma, lançado também no ano passado pela farmacêutica Novartis, promete curar a AME em crianças de até dois anos, mas o tratamento com o remédio é caro e custa cerca de R$ 11,7 milhões.

Através do Instagram, a mãe de Bianca desabafou: “Quando soubemos que Bianca possivelmente sofria de uma doença tão grave como a AME, nos passou muitas coisas pela cabeça. Um mês antes daquele possível diagnóstico, pudemos custear o diagnóstico, que deu positivo para a AME. Nos perguntamos tantas coisas. Por que ela? [...] Mas pedimos orações. Há esperança”.

A AME é uma condição rara, que afeta a capacidade motora e impede o paciente de comer e respirar com qualidade. Bianca se encaixa do tipo 1 da doença degenerativa, considerada a mais perigosa, pois pode levar à morte. 

Com a campanha, a família conseguiu chamar a atenção da população, de influenciadores digitais e de celebridades, que têm se unido para ajudar a bater a meta das arrecadações. Como o medicamento faz efeito só em crianças até dois anos, a preocupação principal é conseguir arrecadar o valor total do tratamento antes de Bianca chegar à idade limite, em dezembro deste ano. Com as rifas e metas diárias, eles conseguiram o equivalente a US$ 655 mil. Foi assim que conheceram Ronaldinho, em março.

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis estavam presos há cinco meses, por uso de identidade e passaporte paraguaios falsos. O restante da fiança foi destinado ao combate da Covid-19.

 

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